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terça-feira, 1 de maio de 2012

Reprocessamento da foto da Nebulosa Pata do Gato - Aplicando o filtro Mínimo em sua Astrofoto

Clique na imagem para ver maior


Hoje deixo aqui um reprocessamento que me deixou muito feliz, da imagem da Nebulosa Pata do Gato que tirei no EBA no unício de agosto de 2011. Essa imagem ainda mantem meu recorde de captação, com uma hora e quarenta e cinco minutos de exposição total e foi tirada no espetacular céu de Alto Paraíso. O problema foi que eu havia cometido um erro durante a captação. O foco não estava perfeito e o resultado do processamento foram estrelas enormes que pareciam querer esconder a nebulosa. 

Eu nunca havia conseguido resolver esse problema até que esses dias, ao publicar a foto da Nebulosa da Lagoa que tirei da varanda do meu apartamento no Cosmofórum, o ótimo astrofotógrafo português João Vieira deu a dica do filtro Mínimo, que faz diminuir o tamanho das estrelas e nos permite ver com mais destaque aquilo que realmente era o alvo da captacão.

O caminho para o Filtro Mínimo no PhotoShop CS4 (Filters-Other-Minimum)
A Janela do Filtro Mínimo aberta. Um Radius de 1 é o suficiente para a maioria das imagens. Não dê bola para o que o Preview mostra. A imagem não tem nada a ver com a que aparece quando você clica em "OK". Se não gostar da imagem, clique em CTRL-Z.

Depois de conhecer o filtro, eu obviamente lembrei de algumas imagens que tirei no Quarto EBA que ficariam muito boas se eu usasse esse filtro. A imagem do Falso Cometa era um caso perdido, mas muitas outras ficaram ótimas com ele. O caso mais bem sucedido até agora foi o dessa imagem da Pata do Gato que mostro acima. Essa foto ficou tão boa que até parece que foi captada com outro equipamento. Mas é claro que eu usei outros recursos que aprendi deste a última vez que trabalhei com essa imagem, principalmente o ótimo LAB Colors. Abaixo você pode ver uma interessante comparação entre o processamento anterior e o de agora.

Comparação entre o processamento anterior (à esquerda) e o novo processamento. Reparem que na imagem antiga as estrelas estavam enormes e embranquiçadas, denunciando a falta de um foco mais apurado. Na nova imagem as estrelas estão lá, mas menores e pontilhadas, e possuem cores. Além disso agora é a nebulosa que domina a cena.

domingo, 23 de outubro de 2011

Três interessantes "fails" do EBA e da Pousada Citates

Resolvi publicar três fotos que já estão há um bom tempo mofando no disco rígido do meu computador, por que considero elas como fails. É claro que muita gente diria que são otimas fotos, que eu estou exagerado, mas essas fotos para mim definitivamente nunca estiveram entre minhas preferidas, por que eu tenho certeza que teria conseguido muito mais se tivesse feito as coisas certas.

Nebulosa da Lagosta


Tirada na Pousada Citates, Foram 8 frames 90 segundos de exposição em ISO 3200. Eu poderia ter tirado mais frames e ter aumentado o tempo de exposição. Havia também uma certa poluição luminosa onde eu estava no local e um bom filtro contra isso teria ajudado muito. É possível tirar a vinhetagem que aparece no lado direito inferior, mas prejudica muito a nebulosa.

M27 com Barlow


Tirada no último dia do EBA, de todas, essa pode parecer a que menos merece estar aqui. Para tirar a foto acima eu estava testando o uso de uma Barlow 2x da Televue. Isso faz com que o tempo de exposição tenha que aumentar em quatro vezes. O problema foi que eu desisti muito rápido achando que não daria bons resultados. No fim, acabei completando com alguns frames de quando eu estava ajustando o telescópio. Se eu não tivesse desistido e tivesse tentado uns dez frames a mais, teria conseguido uma excelente foto. Foram ao todo 6 frames, sendo 3 de 4 minutos em ISO 3200, um de 74 segundos também em ISO 3200, outro de 168 segundos em ISO 1600 e outro de 4 minutos em ISO 1600. em resumo uma bagunça só. Mas a foto mostra que, com paciência, e uma câmera modificada, eu poderei conseguir excelentes resultados com a Barlow 2x (uma montagem mais robusta também ajudaria).


Nebulosa escura na Coroa Austral.



Está tudo errado nessa foto. Trata-se de um pedaço do grande complexo de Nebulosas Escuras na Coroa Austral. Eu não sei exatamente como esse pedaço se chama, nem se ele tem um nome. A grande dificuldade dessa foto era que eu não conseguia ver a nebulosa pela ocular. Essa foto também teria ficado muito melhor numa câmera modificada e numa distância focal menor (talvez uma lente de 135mm). A imagem foi conseguida através de 9 frames de 4 minutos em ISO 1600.

enfim, todas as três fotos são consideradas fails por que não acho que merecem ir para minhas galerias. Eu espero fazer as três tentativas novamente e, dessa vez, conseguir tirar essas fotos do jeito que deveria ser!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Processando um novo Álbum do Quarto EBA


M27, perdida no céu estrelado da Chápada

Bem, aqui em Brasília não parou de chover nos últimos dias e a triste verdade é que até maio serão poucos os dias com céu limpo!

Enquanto isso resolvi reprocessar todas as minhas imagens tiradas no EBA e recolocá-las no Astrofotos.info, um site feito pelo ótimo Marcelo Domingues, do CASB, onde as imagens pode ficar com excelente qualidade.

Esses novos processamentos tem algumas características em comum. O objetivo é deixar todas as fotos praticamente com o tamanho original, sem o uso do crop. Elas tem o seu tamanho alterado apenas pelo uso de uma ferramento para diminuir o coma causado pelo telescópio. Esta ferramenta está disponível no IRIS. Todas as imagens também estão sendo redimensionadas na mesma escala, 33% do tamanho original, quase a resolução dos maiores monitores.

Eu não estou usando muito o Noise Ninja e não estou forçando muito nas cores. Estou tentando manter as cores originais das estrelas e por isso não dá pra forçar demais nas cores, pois isso muitas vezes acaba com o colorido original.

algumas imagens estão ficando excelentes, como a nebulosa Pata do Gato, acima, outras estão ficando mais simples, mas o resultado final, no geral, está ficando muito bom. Mais fotos devem ser inseridas nos próximos dias. Enquanto isso eu vou tentando sobreviver até a próxima estiagem. Não está fácil!


segunda-feira, 5 de setembro de 2011

As fotos de Sandro Rosa no Quarto Encontro Brasileiro de Astrofotografia


O Sandro Rosa é o presidente do Clube de Astronomia de Brasília (CASB). Ele também é com certeza um dos astrônomos amadores mais entusiasmados do Brasil e também foi um dos meus grandes professores nestes meus primeiros meses de astrofotografia. Sempre disposto a conversar sobre astronomia ou astroftografia, o Sandro tem excelente didática e mostra que poderia ficar horas falando sobre o assunto. Ele normalmente é um dos primeiros a chegar e um dos últimos a se retirar e está em quase todos os encontros.

No Quarto EBA o Sandro levou dois telescópios. Ele comprou um mais potente recentemente e ainda não vendeu o outro, um refrator ED de 80mm. Por isso ele praticamente não parava de fotografar durante o EBA e o número de cabos e luzes em seu sítio de trabalho chamaram tanta a atenção que foram apelidados de "árvore de natal".

Os álbuns do Sandro chamam a atenção por duas características: a quantidade de fotos, sendo de longe o astrofotógrafo mais produtivo do EBA, e a irregularidade das fotos (principalmente das feitas com telescópio, no primeiro álbum). Por estar controlando dois telescópios, estar estreando um setup novo, inclusive com uma câmera CCD, nova, o Sandro deve ter sofrido para se organizar no EBA. Mas essa irregularidade não impediu que ele produzisse algumas das fotos mais bonitas que já vi, como a incrível foto de Rho-ophiuchi que inicia esse post. Essa foto está tão boa que ele parece ter conseguido até mesmo profundidade na imagem! Ele também conseguiu uma foto incrível de 47Tucanae  e outra de M42 que merecia um poster.

Confira álbuns os albúns astrofotógraficos do Sandro Rosa durante o quarto Encontro Brasileiro de Astrofotografia. Note que no segundo álbum, apenas usando a câmera em piggyback, a irregularidade desaparece e quase todas as fotos estão excelentes.




Sandro, orgulhoso junto de seu impressionante Setup

Artilharia pesada para captar cada detalhe do céu!
Eu morro de rir com esse adesivo no telescópio dele, mas quem pratica astrofotografia entende a razão.


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Coisas que aprendi no 4ºEBA: O Foco deve ser revisto a cada uma hora

Antes do EBA eu tinha uma visão errada sobre a manutenção do foco numa noite de astrofotografia. Achava que eu devia acertar o foco no início da seção de fotos, e uma vez encontrado o foco perfeito, apertar o botão que trava o focalizador e não mexer mais nisso o resto da noite.

Descobri durante o EBA que isto é um terrível engano. O foco deve ser ajustado sempre que você vai fotografar um novo objeto, ou mesmo deve ser ajustado a cada uma hora, caso o número de frames seja elevado.
Existem muitos fatores que podem desajustar o foco durante a sesão de fotos, são eles: a movimentação do telescópio, a umidade, a dilatação dos componentes e mesmo a gravidade, que fazem com que, aos poucos, a câmera vá escorregando para baixo e se afastando milimetricamente do ponto focal. Na verdade menos do que um milímetro já é o suficiente para que a imagem perca o foco.

Muitas vezes não somos capazes de perceber a variação do foco durante a captação das imagens. Para isso, eu uso uma máscara de hartmann. Que é nada mais do que uma tampa com três furos ou mais, colocada em frente à objetiva do telescópio. A máscara de hatmann entrega na hora se a imagem está ficando desfocada.

A Mascará de Hartmann

Muitos astrônomos mais experientes preferem a máscara de Bartinov. Eu pessoalmente estou gostando muito da Máscara de Hartmann. Ela é tanto mais simples de fazer, quanto de usar. Basta pegar uma cartolina, fazer três furos e colocar em frente à objetiva. Isso faz com que a imagem de uma estrela triplique quando chega na ocular, ou no sensor da câmera. Basta então você ajustar o foco até que as três imagens virem uma só. Quando não for possível ver sinais de multiplicação da imagem, significa que o foco está perfeito.


Exemplos de Máscaras de Hartmann e a imagem formada por elas quando a imagem está fora de foco (acima) e com o foco perfeito (abaixo). (Fonte:Iceinspace.com)

Exemplo de máscara de Hartmann extremamente simples, mas funcional.

Telescópio com máscara de Hatmann

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Coisas que aprendi no 4ºEBA: Criando uma falsa estrela polar para o hemisfério sul

O céu do hesmifério sul é melhor do que o do hemisfério norte, isso ninguém pode negar. Com as nuvens de magalhães, o aglomerado Omêga Centauro e Galáxias como Centauro A, M83 e NGC 4945 brilhando sobre nossas cabeças, nós do Sul temos um show particular, que nossos colegas mais ricos do Norte não podem ter perto de suas casas.

Mas como faz falta a tal de estrela polar, não é? Basta apontar o telescópio polar para ela e pronto, você está com ele alinhado. Nada de ficar duas horas mexendo a montagem pra lá e prá cá até as estrelas ficarem redondas por pelo míseros 30 segundos (Tá bom! atualmente eu levo 20 ou 30 minutos, mas no começo eram duas horas, ou mais).

O Maciel, do CASB, fez um registro da falsa estrela polar.

Mas durante o EBA eu descobri um método que me permitiu fotos de até 90 segundos para objetos localizados no zoodiaco e de até incríveis 3 minutos para a pequena núvem de magalhães, por exemplo, sem a necessidade de se usar autoguiagem e de se gastar disparos da sua máquina para ajustar (eu costumo ir tirando fotos até encontrar um bom alinhamento). Esse método, executado pelos astrofotógrafos mais experientes que lá estavam, consistia em criar uma falsa estrela polar com um daqueles lasers verdes.

O processo consiste em identificar o polo celestial sul,  através de algumas estrelas conhecidas, algo que eles faziam com binóculos, apontar o laser para aquele ponto e deixar fixo, com um pequeno tripé. Assim, todos que apontassem os telescópios solares de suas montagem para a estremidade final do laser, encontrariam um excelente alinhamento.

Telescópio polar da CG5. Ele é vendido separado. Na minha opinião, tinha que vir junto com a montagem.
Eu não tinha um telescópio polar (isso entrou para minha lista de desejos), mas um amigo do CASB tinha. Ele emprestou para um e este depois passou para mim. Devo dizer que no começo eu fiquei meio cético, mas depois fiquei impressionado com o resultado. Coloquei o pequeno telescópio na montagem e olhei por ele, ajustei a latitude e a longitude para que o final do laser ficasse bem no centro. E voalá! Tive um telescópio alinhado de uma forma que eu não tinha visto ainda.

Eu quero aprender a dominar esta técnica. Mas para isso preciso adquirir um telescópio polar, que é muito difícil de achar no Brasil, e também um laser e um tripé firme para manter o laser apontado para a estrela. Quando eu tentar fazer a minha falsa estrela polar, eu conto como foi.

Abraços a todos



Eu, simulando estar observando pelo telescópio polar.
 

domingo, 14 de agosto de 2011

4º EBA - Último Dia - Última Foto - M16 - Nebulosa da Águia

E com essa foto eu terminei o Quarto EBA

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A foto acima é em minha opinião a foto que mais gostei até hoje. Alinhamento e foco estão perfeitos. Foram uma hora e doze minutos de exposição em 24 frames. Eu já tinha aprendido muitas lições no EBA e pude aplicar nessa foto. É disparada a minha melhor foto da Nebulosa da Águia até hoje.

Eu sempre quis fazer astrofotografia, em sempre sonhei com astronomia. Sempre sonhei com um telescópio, desde que me conheço por gente. Com dez anos eu já pedia para meus pais para me dar um telescópio. Olhar para está foto, da nebulosa de Águia, me emociona. Á claro que existem inúmeras fotos melhores do que está, até com equipamento semelhante. Mas essa foi minha. 99 por cento das pessoas neste país nem sabe que este nebulosa existe, e poucos que sabem puderam ter a alegria de fotografá-la.

Lá estão eles, os pilares da criação, muito nítidos, e com as estrelas pequinininhas, em volta. Lá está, a direita, aquele balãozinho escuro, parecendo estar flutuando, perdido no Universo.

Eu fiquei até duas da manhã fotografando a Nebulosa de Águia. quando acabei fiz questão de me despedir de todos os participantes do evento que ainda estavam por lá, um de cada vez. Depois arrumei minhas coisas e fui para casa. No dia seguinte, no calor e conforto de minha cama, em Brasília, senti uma enorme inveja daqueles que eu sabia, ainda estavam na pousada, no meio do escuro, curtindo esse universo maravilhoso a qual pertencemos.

Lembrando que a foto foi tirada com a Canon T2i não-modificada acoplada ao telescópio refrator Orion Premium Ed 102mm sobre a montagem Celestron CG-5GT. Para a autoguiagem foi utilizado o telescópio Celestron Travelscope 70mm, uma câmera Celestron Neximage não modificada ligada ao telescópio via PC através de um capo GPUSB da Shoestring.

Um muito abrigado a todos que acompanham este blog! 

sábado, 13 de agosto de 2011

4º EBA - Último Dia - Primeira Foto - M27


O último dia do EBA foi o mais curto para mim. Eu tinha que trabalhar no dia seguinte e por isso não podia ficar acordado até amanhecer, como fiz nos outros dias, o que foi uma pena. Para piorar a situação eu gastei boa parte da noite tentando tirar fotos de DSOs com a Barlow até ter consciência do quanto isso ia ser difícil. Alguns poucos frames bons que restaram mostram que isso pode valer muito a pena, mas vai exigir mais esforço do que eu imaginava, exigindo exposições quatro vezes maior do que sem o uso da barlow. Fica para a próxima.

Depois de gastar todo o período antes da janta e mais uma hora, resolvi desistir da barlow e tirar fotos sem ela. Como estava com o telescópio já apontado para a Nebulosa de Haltere - M27, resolvi tirar alguns frames dela sem a barlow, o que me rendeu cinco frames bons.

A foto acabou apresentando uma boa evolução em relação as fotos anteriores que tirei desta nebulosa, mas não é das mais interessantes que tirei durante o EBA. Eu ainda quero tentar fotografar M27 com a Barlow. Será uma questão de paciência, algo que sinto que às vezes me faltou durante o evento, principalmente quando o tempo ia passando e eu ficava com a sensação de que a noite não estava produtiva. São lições como essa que eu trago do EBA.

A comparação com a foto que tirei uma semana antes, para os ensaios do EBA, mostra uma razoável melhora. Destaque para o foco!
Lembrando que a foto foi tirada com a Canon T2i não-modificada acoplada ao telescópio refrator Orion Premium Ed 102mm sobre a montagem Celestron CG-5GT. Para a autoguiagem foi utilizado o telescópio Celestron Travelscope 70mm, uma câmera Celestron Neximage não modificada ligada ao telescópio via PC através de um capo GPUSB da Shoestring.

Antes de dormir eu tirei somente mais uma foto. Felizmente considero a minha preferida até hoje. Deixo isso para o próximo post!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

4º EBA - Terceiro Dia - Última Foto - Falso Cometa - IC4628


A foto acima, da Nebulosa Falso Cometa, ou IC4628, na verdade não foi a última foto do terceiro dia do EBA. A última foi minha tentativa de fotografar a Nebulosa Cabeça de Cavalo, mas como eu juntei os frames dessa última nebulosa com outros tirei no dia anterior, resolvi transferir Cabeça de Cavalo para aquele dia e coloquei Falso Cometa oficialmente como a última foto do terceiro dia do EBA.

Eu tenho que confessar que nem sabia da existência desse objeto antes do EBA, mas perambulando pelas mesas dos astrofotógrafos mais experientes, notei que um deles estava fotografando uma área próxima a NGC6231, que eu já fotografei, mas que estava enquadrando uma mancha vermelha que eu nunca tinha visto. Ele me falou que se tratava da Nebulosa Falso Cometa. Eu achei muito legal e decidi que também iria fotografá-la.

Consegui oito frames de 3 minutos. Talvez eu tentasse mais se não tivesse parado para tentar cabeça de cavalo, mas o resultado, se não foi perfeito, foi no mínimo satisfatório. Eu ainda quero voltar para essa região, com mais tempo de exposição e mais frames, para tentar uma foto realmente legal.

Lembrando que a foto foi tirada com a Canon T2i não-modificada acoplada ao telescópio refrator Orion Premium Ed 102mm sobre a montagem Celestron CG-5GT. Para a autoguiagem foi utilizado o telescópio Celestron Travelscope 70mm, uma câmera Celestron Neximage não modificada ligada ao telescópio via PC através de um capo GPUSB da Shoestring.


Assim terminou o terceiro dia do Quarto EBA.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

4º EBA - Terceiro Dia - Terceira Foto - NGC 6334 - Nebulosa Pata do Gato


Terceiro dia do Quarto Encontro Brasileiro de Astrofotografia. Depois de ter voltado da janta e visto os bons resultados com a galáxia NGC 4945, resolvi procurar por algo mais desafiador. Dei uma passada em alguns objetos, examinando a minha lista de objetos que planejava fotografar no EBA e lembrei da Nebulosa Pata do Gato. Percebo que seria um alvo interessante, já que estava muito perto da cauda do escorpião, o que me ajudaria a encontrar uma boa estrela para o meu improvisado sistema de autoguiagem, através de uma Neximage não modificada.

Já vi algumas pessoas comentarem que Pata do Gato não é um alvo muito bom para DSLRs não-modificadas, como a minha, mas os primeiros frames, com cinco minutos de exposição em ISO 1600, me deixam bastante satisfeitos. A autoguiagem também estava funcionando perfeitamente. Resolvi que era hora de tentar essa nebulosa.

Fiquei quase três horas acompanhando atentamente meu equipamento, passando o secador de cabelo praticamente a cada três fotos para não deixar a luneta de alto guiagem embaçar. Com esse esforço, consegui 21 bons frames, fazendo da minha foto de Pata do Gato o meu recorde em tempo de exposição: Uma hora e quarenta e cinco minutos. O resultado vocês podem conferir acima. Uma foto bem elegante, apesar de ainda acho que algumas coisas podem ser melhoradas.


Lembrando que a foto foi tirada com a Canon T2i não-modificada acoplada ao telescópio refrator Orion Premium Ed 102mm sobre a montagem Celestron CG-5GT. Para a autoguiagem foi utilizado o telescópio Celestron Travelscope 70mm, uma câmera Celestron Neximage não modificada ligada ao telescópio via PC através de um capo GPUSB da Shoestring.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

4º EBA - Terceiro Dia - Segunda Foto - NGC 4945 e NGC4976

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O esquema do EBA é o seguinte. O pessoal começa a chegar no campo de observação lá pelas cinco da tarde, para preparar os equipamentos antes que escureça. Alguns tiram flat frames, aproveitando a luz crepuscular, outros testam seu equipamento com as primeiras estrelas que aparecem. Entre seis e oito horas, ouve-se muita conversa e alguns astrônomos xingando seus telescópios ou outros equipamentos que se recusam a funcionar direito. 

Eu no terceiro dia de EBA, já havia perdido minha única lanterna, que parou de funcionar após cair de cima da mesa, e a peça que conectava minha luneta ao telescópio, colada com superbonder, havia soltado. Felizmente alguém me arranjou uma lanterna nova e a Luneta de guiagem, funcionou até melhor sem a tal peça.

Lá pelas oito horas, a maioria dos astrônomos já conseguiu botar seu equipamento para funcionar. Foco, alinhamento, guiagem, tudo está ok! Mas é hora de parar para jantar. É meio frustrante quando finalmente está tudo pronto, ter que parar para comer. 

Mas nem tudo está perdido. Se tudo estiver em conformidade, você pode deixar o telescópio ligado e a câmera tirando fotos enquanto você está jantando. É um intervalo que vai durar cerca de uma hora ou mais. Por isso, se tudo funcionar como esperado, quando você voltar da refeição, além de alimentado, terá a alegria de ver inúmeros frames prontinhos em seu computador, sem aquela espera angustiante que antecede cada nova imagem.

E foi o que aconteceu no terceiro dia do EBA. Após tirar alguns frames de Eta Carinae, que já estava muito baixa, resolvi mudar meu telescópio para a Galáxia NGC 4945. Um mostro não parecer não ser muito fotografado, mas que é com certeza um dos objetos mais bonitos do firmamento.

Como a Galáxia estava bem ao sul, eu sabia que com o alinhamento polar que tinha, podia fotografá-la sem autoguiagem. Então deixei a câmera programada para tirar fotos de 2 minutos com ISO 1600 e tranquilamente fui jantar. Quando voltei, haviam sido disparados 33 frames da galáxia. Um número excelente. Eu consegui aproveitar 25 deles, conseguindo 50 minutos de exposição total. Um de minhas melhores marcas.

Após empilhar os frames no DSS e processar no IRIS, Photo Shop, Windows live Galery e Bibble 5, cheguei à foto vista acima, que talvez seja a minha melhor foto do EBA. No mínimo coloco ela no top 3, junto com outras duas que ainda serão publicadas neste blog. Para minha surpresa, uma outra galáxia, que descobri se tratar de NGC 4976, resolveu "fazer pose para a câmera" também.

Detalhe mostrando apenas NGC4945

Lembrando que a foto foi tirada com a Canon T2i não-modificada acoplada ao telescópio refrator Orion Premium Ed 102mm sobre a montagem Celestron CG-5GT.

4º EBA - Terceiro Dia - Primeira Foto - NGC 3372 - Eta Carinae

Clique na imagem para ver em tamanho grande

Finalmente chegamos ao terceiro dia do Quarto EBA. Onde em minha opinião eu tirei as minhas melhores fotos durante o evento. Eu ja estava me entendendo bem com o programa de autoguiagem, e já estava tomando cuidado com o embaçamento da luneta de guiagem. Sem contar que o alinhamento do telescópio estava excelente.

Logo no começo da noite, eu quis tirar umas fotos da nebulosa Eta Carina, que já estava bem baixa no céu e não ficaria mais do que uma hora em boas condições para ser fotografada. Apontei o telescópio para lá e comecei a tirar frames de 90 segundos. em ISO 1600. Eu poderia até tentar mais tempo de exposição, mesmo sem autoguiagem, mas achei que seria perigoso, pois isso talvez estourasse a área da chámada Nebulosa de Homúnculo (minha parte preferida da nebulosa Eta Carina).
Pode se dizer que tirei essas fotos para brincar mesmo. Eu ja até havia fotografado Eta Carinae outras vezes e a nebulosa não era um dos meus alvos durante o EBA. Mas fiquei muito feliz com o resultado da brincadeira. Clicando na foto e vendo ela em tamanho maior, é possível ver um monte de detalhes que não apareceram em minhas fotos anteriores.

Uma vantagem quando a foto é bem tirada, é que ela não precisa de muito processamento. Ao contrário da foto da Nebulosa Cabeça de Cavalo e de NGC 7000. Não precisei fazer muita coisa para deixar essa foto do jeito que eu gosto (lembrando que não sou muito fã de fotos super-processadas).

Já era hora da janta, então virei o telescópio para uma galáxia próxima. NGC 4945. Resolvi deixar a câmera ligada, tirando frames, enquanto eu jantava tranquilamente. O resultado dessa eu mostro amanhã.


Lembrando que a foto foi tirada com a Canon T2i não-modificada acoplada ao telescópio refrator Orion Premium Ed 102mm sobre a montagem Celestron CG-5GT.

Fernando Pinheiro - Um dos melhores astrofotógrafos Brasileiros esteve no Quarto EBA

Durante o Quarto Encontro Brasileiro de Astrofotografia, conheci o Fernando Pinheiro. Infelizmente ele estava longe de mim e não tivemos muito contato, mas pude notar o respeito que todos os outros astrofotógrafos tinham por ele, só comparável ao respeito que demonstravam pelo José Carlos Diniz.

O Fernando inclusive deu uma palestra sobre processamento de imagens durante o evento. Infelizmente eu estava dormindo durante a palestra (o que é perdoável quando se vai dormir às seis e meia da manhã). Mas depois de voltar para Brasília e ver do que este astrofotógrafo é capaz, me deu arrependimento de não ter feito um esforço para acordar. Vejam a foto de Andrômeda que ele tirou durante o evento. É uma das melhores que já vi até hoje. Isso que ele não estava com seu telescópio principal


A Fantástica imagem de andrômeda tirada pelo "Nando Pinheiro"

Conforme o próprio deixou registado no site da APAA a imagem foi obtida com um TMB92 f/5.5 em uma E-6 guiada por um CCD Lodestar e um OAG da Astrodon. O CCD foi um OSC ST8300C, a apartir de 13 subs de 10 minutos com flats, bias e darks aplicados.

É uma foto memorável que com certeza marcará esse Quarto EBA. O Fernando Pinheiro é certamente um dos melhores astrofotógrafos do Brasil, e um dos poucos que posso dizer que é de nível internacional.

Ele enfrenta um problema chato da coluna, e eu torço demais para que ele supere isso e continue nos proporcionando imagens maravilhosas.

Não deixe de visitar a página dele e ver do que ele é capaz. Vamos torcer para que ele não demore a colocar mais imagens do Quarto EBA por lá!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

4º EBA - Segundo dia - Última foto - Nebulosa Cabeça de Cavalo


Finalmente chegamos ao final do segundo dos quatro dias de EBA. E eu mostro a vocês a foto que defino como sendo "A mais atrapalhada do Evento". Eu sofri muito para fotografar a Nebulosa Cabeça de Cavalo, principalmente por que ela estava aparecendo muito tarde. Então, ou estava muito baixa para uma boa imagem, ou já estava sendo contaminada pela luz do Sol, quando encontrava-se numa altitude razoável.

Mesmo assim, eu impliquei que conseguiria uma boa imagem dessa nebulosa. Devido ao pouco tempo para fotografá-la, no primeiro dia arrisquei fotos de 3 minutos em ISO 3200, mas comecei tarde demais e depois do quinto frame a imagem começou a perder muito contraste devido a luz solar. No segundo dia tentei frames de 5 minutos, em ISO 1600. Para isso, comecei mais cedo, mas depois de cinco fotos, resolvi fazer uma verificação com a máscara de Hartmann e descobri, para minha tristeza, que a câmera estava fora do foco.

Tentei mais algumas fotos, mas aí, no desespero, só fiz bobagens. Esqueci de colocar em RAW, de colocar no tamamanho certo e quando vi, o céu já estava clareando novamente, comigo tirando apenas dois frames bons.

Mesmo assim, chegando aqui, resolvi juntar todos os frames, dos dois dias, 4 frames de 3minutos em ISO 3200 e 10 frames de 5 minutos em ISO 1600(algumas já contaminadas pela luz solar). O resultado desse balaio de gato foi a foto aciam. Fiquei surpreso que o Deep Sky Staker tenha conseguido identificar fotos com enquadramentos completamentes diferentes.

Eu espero fotografar essa nebulosa mais para o final do ano, com muito mais tempo de exposição e esmero e quem sabe obter uma foto bem melhor deste objeto.

Um zoom na cabeça do cavalo propriamente dita.

Lembrando que a foto foi tirada com a Canon T2i não-modificada acoplada ao telescópio refrator Orion Premium Ed 102mm sobre a montagem Celestron CG-5GT. Para a autoguiagem foi utilizado o telescópio Celestron Travelscope 70mm, uma câmera Celestron Neximage não modificada ligada ao telescópio via PC através de um capo GPUSB da Shoestring.

4º EBA - Segundo dia - Quarta Foto - NGC 253 - Galáxia de Escultor


Depois de ter fotografado a nebulosa planetária NGC 246, na preguiça daquela segunda noite de EBA, resolvi fotografar um vizinho conhecido.

A foto, de 90 segundos de exposição, foi tirada sem autoguiagem, apenas com o alinhamento polar feito com a falsa estrela polar. Essa foto mostra como esse alinhamento foi eficiente, pois as estrelas ficaram redondinhas. Eu quis tirar essa foto sem autoguiagem justamente para descansar um pouco e não me preocupar tanto com a luneta de autoguiagem, que devido ao parasol muito pequeno, embaçava o tempo todo.

O resultado final, mesmo com ISO 3200, foi uma foto elegante, ajudada, é claro, pelos 23 frames aproveitáveis, que totalizaram mais de meia hora de exposição.

domingo, 7 de agosto de 2011

4º EBA - Segundo dia - Terceira foto - NGC 246 e NGC 255



Na terceira foto que tirei no segundo dia de EBA, o alvo era NGC 246, uma interessante nebulosa planetária na constelação de Baleia, mas para minha surpresa, uma galáxia apareceu bem nítida na foto também, que descobri se tratar de NGC 255, uma galáxia em espiral de magnitude 11.8.

Para essa foto consegui aproveitar 5 frames de 4 minutos de duração. então é claro que aqui a autoguiagem teve que trabalhar, mesmo com o ótimo alinhamento polar conseguido através da falsa estrela polar feita com laser.

4º EBA - Segundo dia - Segunda foto - A Pequena Nuvens de Magalhães


Durante o segundo dia do EBA, eu prestei atenção numa coisa muito legal que os astrônomos mais experientes fazem no começo da noite. Eles identificam a posição do polo com um binóculo, para ver as estrelas pouco brilhantes que estão no local e apontam o laser para lá, com um tripé. sinalizando para todos a posição do polo sul celestial.

Depois disso, basta apontarmos o telescópio polar de nossas montagem para onde o laser aponta e termos um alinhamento fantástico em segundos, ao invés de passar meia hora tirando fotos, como eu costumo fazer. Eu não tinha um telescópio polar para minha montagem, mas felizmente havia um amigo que também  possuía uma CG-5 e que tinha esse telescópio, que é móvel e pode ser retirado da montagem. Assim eu consegui um alinhamento polar como nunca havia conseguido antes. Em média eu conseguia um minuto e meio de exposição sem que as estrelas corressem, isso para objetos no Zodíaco. Para aqueles próximos ao polo sul celestial, cheguei a conseguir até três minutos de exposição sem que as estrelas ficassem ovais, mesmo com a alto guiagem desligada. É o que você pode ver na foto que está neste post.

O alvo foi a Pequena Nuvem de Magalhães, uma das galáxias satélites da Via Láctea. Eu não conhecia muito bem esse objeto e como ele é muito grande para o campo de visão do meu telescópio, escolhi um pedaço que me pareceu mais interessante, com algumas nebulosas evidentes. Deixei o telescópio apontado para lá e consegui nove frames bons de 3 minutos que compõem a foto acima. Abaixo coloquei a mesma foto, mas, com a ajuda do Google Earth, apontei os objetos mais evidentes da foto.


sábado, 6 de agosto de 2011

4º EBA - Segundo Dia - Primeira Foto - Rho-Ophiuchi


O segundo dia do EBA foi com certeza o mais fraco que tive em relação ao que poderia ter conseguido. É claro que alguns vão pensar que eu estou sendo muito exigente com meu desempenho, mas eu realmente esperava mais do que consegui. O segundo dia do EBA foi para mim, o dia das fotos mais ou menos (o terceiro dia é disparado o melhor. Aguardem!!!)

A primeira foto da noite, de Rho-Ophiuchi, por pouco não foi para a lista de fails. Muita coisa está errada nessa foto. O Enquadramento podia ser melhor. O aumento é demais (esse objeto é melhor fotografado com uma lente de 135mm ou parecida), a câmera não é modificada, o que diminui o contraste. Tudo isso contribuiu para uma foto que não me deixou feliz, apesar de eu ter conseguido aproveitar razoáveis 12 frames de 3 minutos, totalizando mais de meia hora de exposição em ISO 1600.

Alguns astrônomos mais experientes que estavam no EBA comentaram que Rho-Ophiuchi é um objeto que realmente sai feio nas fotos e que exige muito processamento. Mas o José Carlos Diniz, que estava ao meu lado, conseguia tirar fotos maravilhosas num tiro só. Mas ele é outro nível né? Um dia eu chego lá!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

4º EBA - Primeiro Dia - Última foto - M31 - Galáxia de Andrômeda



Já era bem tarde e estava muito frio quando, no primeira dia de EBA, eu resolvi partir para a terceira e última foto da noite. TrÊs fotos é um número que, devido as condições enfrentadas naquela noite nublada, era até bem razoável.

Decidi ir para Andrômeda, galáxia que havia me rendido uma boa foto no 17º Enoc, um mês atrás, mas onde eu havia falhado no enquadramento da imagem, deixando um pedaço de fora.
O resultado vocês podem ver acima. Sinceramente, a sensação que dá é que a única coisa que consegui melhor visivelmente na foto foi mesmo o enquadramento. Eu tinha tirado um tanto bom de frames, mas para variar, a maioria ficou ruim. Ontem vi alguns astrônomos mais experientes comentarem que o seeing na chápada não estava bom e isto pode ter sido o culpado de eu perder tantos frames.

Só consegui aproveitar 5 frames de uns quinze que havia tirado (um a menos do que na foto anterior). Muitos estavam corridos, outros estavam tremidos. O tempo de exposição foi o mesmo de antes, três minutos em ISO 1600. Depois de alguns frames o programa de autoguiagem começou a perder a estrela e eu estava cansado demais para perceber que era a luneta de guiagem que estava embaçando. Faziam cerca de 22 horas que eu estava acordado e decidi que era hora de dormir. Foi triste perceber que, às quatro da manhã, o céu estava maravilhoso depois de ter passado a noite toda ruim, mas eu estava cansado demais e haviam ainda mais três dias pela frente. Era hora de descansar.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

4º Encontro Brasileiro de Astrofotografia - Fotos de Paulo Cacella

Nebulosa de Lagoa fotografada durante o EBA, por Paulo Cacella

Um dos grandes astrofotógrafos que estiveram em Alto Paraíso durante o EBA foi Paulo Cacella. Ele estava bem próximo de mim, logo ao lado do Diniz. Absolutamente calmo o Paulo é aquele tipo de pessoa que você gosta de ter ao lado num evento desses. Uma das coisas que vou lembrar era o jeito que ele conseguia cochilar em sua cadeira enquanto estava fotografando. Eu teria caído da cadeira (até acordado eu consegui cair, mas isso fica mais pra frente, rsss).

Ele tem um site, chamado Astronomia Diletante, que está em inglês e já postou algumas fotos tiradas durante o EBA em seu site. Vale a pena dar uma olhada lá, clicando nas imagens (duas vezes) é possível vê-las em tamanho natural (5000x3000), o que é ótimo.