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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Anote aí: Os planetas vão dar show em 2018


Colagem com duas captações em mesma escala de Marte e Júpiter, mostrando a diferença de tamanho aparente entre os dois na madrugada de 17 de fevereiro de 2018.


O ano de 2018 será um ano especial para a astronomia amadora, principalmente para os astrofotógrafos, como eu. Este ano teremos a maior oposição de Marte desde 2003. Tivemos uma evolução tremenda dos equipamentos de Astrofotografia desde aquela época, principalmente nas câmeras planetárias que hoje estão muito mais rápidas e sensíveis do que modelos de poucos anos atrás. Então, a expectativa e de que teremos imagens incríveis, mesmo de astrofotógrafos com equipamentos menores, como o meu refletor de 200mm.

Se Marte será o maior destaque, os outros planetas também estarão em ótimas condições durante o período de estiagem no Brasil Central. Encontros de Astronomia realizados durante as férias de julho e outros meses de seca serão brindados com os cinco planetas mais brilhantes desfilando no céu logo no início da noite. Por exemplo, no sábado de 21 de julho, assim que anoitecer, teremos Vênus e Mercúrio a oeste, em elevada elongação (distância angular do Sol), Júpiter aparecendo alto bem ao lado da Lua, e a leste teremos Saturno já um pouco alto e Marte surgindo enorme logo após o pôr do Sol. Os mais pacientes ainda poderão ver Netuno após as dez da noite. Já Urano estará visível mais no fim da madrugada, acessível a quem estiver disposto a virar a noite em observações. 

A noite do dia 21 de julho de 2018, um sábado, iniciará com todos os planetas visíveis a olho nu e a Lua marcando presença no céu.


Com tantas atrações no céu, será um dia ótimo para eventos de astronomia em praças, como costumeiramente o realizado pelo CASB, e fazermos nascerem muitos futuros astrônomos amadores ou mesmo futuros cientistas (embora muitos clubes talvez prefiram fazer o evento no dia da oposição, pelo destaque que a chamada atrai). Para os astrofotógrafos, teremos a excelente oportunidade de registrarmos todos os planetas numa única noite. Olha que legal! 

A seguir, somente por uma questão de tempo para elaborar o post, destaco os três planetas mais fotografáveis.

 Júpiter
Atualmente, Júpiter tem sido o primeiro planeta brilhante a aparecer no céus a leste. É melhor visto durante o fim da madrugada, quando fica bem alto, já garantindo aos mais notívagos excelentes observações e registros. A oposição de Júpiter ocorrerá em 9 de maio, no início do período de estiagem em grande parte do Brasil.

Como é um planeta muito grande e sua distância do Sol é muito maior do que a Terra, a verdade é que o tamanho aparente de Júpiter não varia muito durante o ano, o que muda mais é a conveniência de sua observação. Além disso, quando o planeta aparece por mais tempo no céu, temos muito mais chances de acompanhar os frequentes e interessantíssimos eventos que ocorrem em seu sistema, como o surgimento de novas tempestades, variações na Grande Mancha Vermelha, eclipses e trânsitos de suas Luas. Durante a oposição, Júpiter ficará doze horas visível no céu, o que permite um acompanhamento muito melhor do planeta. Nesta época talvez eu até arrisque uns vídeos de Júpiter. Estou me planejando para isso.



Saturno, registrado no dia 13 de fevereiro, no fim da madrugada, ainda muito baixo no céu.

Saturno
Saturno entrara em oposição em 27 de junho, um mês antes de Marte. Mas neste momento o planeta está aparecendo no céu um pouco mais tarde que o planeta vermelho. Numa lenta corrida entre as estrelas, Saturno está se aproximando de Marte e no dia 2 de abril os dois planetas estarão a pouco mais de um grau de distância, com a Lua passando bem próximo aos dois numa conjunção e alinhamento espetacular que ocorrera no dia 07 de abril. Veja as imagens abaixo, retiradas do software Stellarium.

Na madrugada de 2 de abril de 2018, Saturno e Marte caberão no campo de visão de uma câmera DSLR acoplada a um refrator de 710mm de distância focal, como o meu.

 
Na madrugada de 7 de abril de 2018, Lua, Marte e Saturno caberão no campo de visão de uma DSLR equipada com lente de 200mm.

Marte
Marte ainda está pequeno no céu, com pouco mais de 6 segundos de arco de diâmetro (ou ângulo) aparente. Na imagem do alto do post vemos uma montagem com dois registros que realizei no último fim de semana. As capturas estão na mesma escala. Foram feitas com refletor de 200mm com distância focal de 900mm acrescentado de Extender 5x, o que aumenta a distância focal para quatro metros e meio. A montagem mostra como Marte ainda está pequeno quando comparado com Júpiter.

Marte ainda está a mais de 200 milhões de quilômetros de distância da Terra e surge no céu no fim da madrugada. Neste momento só astrônomos e astrofotógrafos amadores muuuuito dedicados vão se aventurar a registrar ou observar o planeta num tamanho aparente tão pequeno, mas na oposição do dia 27 de julho de 2018 o planeta vermelho estará a cerca de 57 milhões de quilômetros de distância e apresentará um tamanho aparente de mais de 24,2 segundos de arco, surgindo já do início da noite. 

Para efeito de comparação, na oposição de 2016 o diâmetro aparente máximo de Marte foi de 18.4 segundos de arco. Teremos uma oposição comparável com a de 2018 somente em 2035. Se você tem 20 anos de idade, terá 37 na próxima oposição comparável (Eu terei 57!). Um evento como esse, em época de seca e férias, não é algo a se perder.

Para aqueles mais dedicados algo muito interessante sobre Marte é a forma como o planeta caminha entre as estrelas. O planeta segue rumo a oeste até o meio de junho, aparecendo cada vez mais cedo, quando começa a frear e passa a se dirigir para leste até o fim de agosto, quando termina o seu loopping entre as estrelas e volta a caminhar para o oeste. Registrar este movimento pode ser uma atividade interessantíssima para aqueles que possuem equipamentos mais simples.

É isso aí pessoal, preparem seus telescópios. 2018 será um ano incrível para astrônomos e astrofotógrafos amadores apaixonados pelos planetas do Sistema Solar.


quinta-feira, 11 de maio de 2017

Júpiter, Saturno e a surpresa com a Barlow 2,25x

Júpiter, com a grande Mancha Vermelha em destaque, primeiro registro feito com a Baader 2,25 no lugar do Extender 5x da Explore Scientific

Nos últimos dois meses eu tenho me dedicado  astrofotografia planetária. O registro dos planetas, embora eles sejam tão poucos, pode rapidamente ficar tão viciante quando à astrofotografia de céu profundo. Isso acontece por que, apesar de serem num número reduzido, os planetas apresentam um comportamento muito dinâmico, mudando muito de um dia para o outro, em alguns casos até mesmo poucos minutos podem fazer uma grande diferença. Isso faz com que você fique com vontade de registrá-los todos os dias.

O telescópio que utilizo é o Orion UK VX8. Um refletor de 8 polegadas de abertura. Isto é provavelmente o mínimo que eu recomendaria para se fazer Astrofotografia planetária de forma mais séria. Se eu tivesse condições, adoraria ter um telescópio de pelo menos 12 polegadas (300mm).
Meu refletor tem 900mm de distância focal, o que lhe dá uma razão focal de 4,5. É basicamente um telescópio curto e como a Astrofotografia planetária é geralmente feita com razões focais acima de F20, eu logo adquiri um Extender de 5x da Explore Scientific para usar com este refletor.

A combinação Orion UK VX8 mais Extender 5x sempre se mostrou uma combinação interessante, com alguns problemas. O principal é que eu quase nunca consigo capturar com o filtro de luminância com este Extender. Sempre que tento capturar a luminância o resultado é uma imagem sem detalhes. Geralmente tenho que usar o vermelho como luminância, o que tem o inconveniente de fazer a Grande Mancha Vermelha desaparecer.

O Extender (Extensor) 5x da Explore Scientific e a Barlow 2,25x da Baader.


Meio desapontado com o Extender, no dia oito de abril, resolvi trocar por uma Barlow de 2,25 que comprei para usar no refletor não com planetas, mas com capturas de céu profundo, algo que ainda estou devendo. Coloquei a Barlow e de cara me impressionei com o contraste que a imagem de Júpiter mostrava com o filtro de luminância, mesmo que o planeta estivesse menor. Resolvi fazer algumas capturas. A primeira coisa que notei foi, devido à menor razão focal, uma maior absorção de luz. Com a Barlow eu podia capturar muito mais frames por segundo do que com o Extender 5x. Uma média de quatro vezes mais, e como o planeta ficava pequeno na tela, isso não consumiu muito espaço em disco e permitia uma taxa de frames veloz através da entrada USB da câmera Expanse. Cheguei a mais de 110 frames por segundo. Na hora de integrar os frames, para compensar o menor tamanho do planeta, usei Drizzle de 3x.

O resultado final com a Barlow 2,25x me surpreendeu, estando melhor do que a grande média de capturas que fiz com o Extender 5x, com a vantagem de que pude sempre usar o filtro de luminância. É interessante, pois estou usando uma razão focal de aproximadamente F10, bem mais baixo do que o recomendado para este tipo de registro. Mas acredito que fotografar com este setup seja muito semelhante a fotografar com mais aumento se a minha câmera tivesse pixels maiores, que fossem mais sensíveis. O uso de Drizzle em câmeras com pixels grandes costuma ser muito eficiente. E com capturas de mais de 20 mil frames, acabo conseguindo resultados surpreendentes com essa Barlow. 

Alguns astrofotógrafos não concordam comigo, mas eu começo a me perguntar seriamente se fotografar em F10 não seria melhor do que registros com a razão focal acima de F20, utilizando menores ampliações para se conseguir mais sensibilidade, com mais frames por segundos e compensando o menor aumento com o recurso de Drizzle.

Registro feito mais recentemente. Nesta imagem gostei muito dos detalhes das regiões mais próximas aos polos.


Outra vantagem que percebi com o uso da Barlow, foi uma menor diferença entre o brilho dos planetas e de seus satélites naturais. Essa diferença foi tão grande que até mesmo numa captura de Saturno as luas deste planeta apareceram. E olha que geralmente fotos de Saturno e suas Luas só são possíveis com capturas separadas do planeta e das Luas, montadas depois no Photoshop, quando chegam a se usar frames de até um segundo de exposição para capturar as Luas.



Mesmo sem o uso de técnicas de capturas com tempos de exposição elevado para as luas de Saturno, elas apareceram nesta captura com a Barlow 2,25.

Bem, se fotografar em distâncias focais menores e vantajoso a distâncias maiores é algo que ainda não tenho, mas o que posso dizer é que a Barlow que estou usando, a Baader Hyperion Zoom Barlow 2,25x realmente foi uma aquisição surpreendente e que está me impressionando com os resultados e certamente virou o meu instrumento principal de Astrofotografia planetária.

Abraços a todos!

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Está aberta a temporada de caça aos planetas!

Quem me acompanha desde o início deste blog sabe que planetas nunca foram lá a minha especialidade. Durante muitos anos, as minhas fotos planetárias foram, digamos, primárias. Mas desde o ano retrasado eu tenho finalmente um refletor de 200mm e uma câmera de vídeo planetária. Logo, talvez estivesse passando da hora de trazer umas boas imagens planetárias para esta página.
Estamos num momento especial para astrofotografia planetária. Neste momento, os três melhores planetas para fotografia estão visíveis no céu, durante grande parte da noite. Entre eles, destaque para Marte, que, próximo do oposição, está ficando visivelmente maior a cada dia.

Todas as imagens abaixo foram capturadas na mesma noite, da varanda de meu apartamento, em Brasília, com um telescópio refletor newtoniano Orion UK VX 8 F4.5, câmera Expanse mono, extensor focal 5x e filtros RGB, sobre uma montagem HEQ5.


Júpiter - sem a Grande Mancha Vermelha ou algum Lua Galileana aparecendo, o planeta perde um pouco de seu charme, ainda assim é uma visão espetacular.

A noite começa com Júpiter, que já está um pouco alto no céu quando acaba de escurecer. Pelo menos do meu apartamento, está geralmente fotografável no momento de melhor seeing. Como meu apartamento é apontado para o leste, depois da meia-noite fica muito difícil fazer um bom registro do gigante gasoso. Então preciso montar o equipamento cedo.



Marte - de longe o meu melhor registro do planeta vermelho. Infelizmente o seeing ruim fez com que o melhor resultado fosse atingido pela integração de somente 10% dos doze mil frames capturados.
 Marte aparece algumas horas depois de Júpiter. Está fotografável perto de uma da manhã. O Planeta Vermelho próximo da brilhante e também vermelha estrela Antares. Atualmente, está com cerca de 13 segundos de arco de diâmetro aparente. Deve aumentar para 18 segundos no fim de maio, seu tamanho máximo nesta oposição. Será bem menos do que os espetaculares 24 segundos da próxima oposição, em 2018, mas já é bem melhor do que os 15 segundos de 2016. Para efeito de comparação, o diâmetro aparente de Júpiter varia de 30 a 50 segundos de arco.

Saturno, fotografado com câmera monocromática. Acho que errei nas cores e, infelizmente, o seeing também estava ruim na hora da captura.
Saturno aparece quase junto com Marte, poucos graus abaixo do planeta vermelho. Essa proximidade faz que, caso exista limitações de sua visão para o céu, como ocorre em meu apartamento, você tenha que dividir o tempo de captura entre os dois planetas.
A fotografia planetária tem sido uma experiência das mais interessantes para mim. Ela tem algumas dificuldades em relação a céu profundo. É muito mais difícil apontar para um objeto quando a distância focal usada é de mais de quatro metros e o sensor da câmera ainda é muito menor. Também acho mais difícil para focalizar. Por outro lado, a montagem não precisa estar perfeitamente alinhada com o polo, não há necessidade de autoguiagem e você está sempre fazendo alguma coisa, nem que apenas corrigindo para o planeta não sair do limitado campo de visão da câmera planetária, que deve ser reduzido ao máximo para garantir mais frames por segundo.
Eu estou louco para novas imagens de céu profundo, mas com esse desfile de planetas no céu, não dá pra ignorar que esta é uma época especial para estes objetos.

domingo, 4 de março de 2012

Fotos tiradas com o C11 de amigo

Orion, com o C11 sobre a CG-5GT. Não imaginei que montagem aguentaria tão bem um telescópio tão grande, mesmo para fotos de céu profundo

Ontem fui na casa de um amigo que possui um C11, um Cassegrain da Celestron com 11 polegadas de abertura. É realmente um telescópio fantástico, capaz de produzir imagens belíssimas. Então aproveitei para tentar algumas imagens com ele.

Não é tão fácil como parece. A gente até fica sonhando com imagens fabulosas, mas trabalhar com um equipamento que você não conhece é sempre mais complicado. Mesmo assim, arrisquei umas imagens com o C11. Nós não tinhamos uma montagem compatível com o telescópio. O meu amigo também tem uma CG-5, como a minha. É uma montagem considerada pequena para um telescópio tão grande. Mesmo assim, para ver o que dava pra fazer, arriscamos até imagens de céu profundo, como a de Orion, que você vê acima. Foram 30 frames de 15 segundos e mais 30 de 30 segundos, todos em ISO 1600, com a Canon T2i modificada.

Também tentamos algumas fotos planetárias, principalmente por que Marte estava em oposição. Esse teoricamente é o forte deste telescópio, mas não é o meu forte e nem o da Canon T2i, usada, mesmo assim, conseguimos algumas fotos roáveis, embora bem abaixo do que se pode conseguir com um telescópio destes.

Marte, com o EOS Movie Recorder

Saturno

segunda-feira, 4 de julho de 2011

No 17. ENOC eu consigo meu melhor Saturno com o Orion Premium ED de 102mm!


Finalmente consegui uma imagem de Saturno a altura do meu equipamento: Um refrator ED de 102mm. O grande diferencial acabou sendo o "seeing" da Chapada dos Veadeiros. Enquanto do meu apartamento a imagem fica saindo e voltando ao foco, como se o telescópio estivesse respirando enquanto tenta captar o planeta, na Chapada dos Veadeiros, ela se manteve totalmente estável.

Filmei o planeta com uma câmera Celestron Neximage por quase quarenta segundos, aproveitei os 10% melhores frames (267 no total). Eram aproximadamente sete da noite de 02/07/2011, quando fiz as imagens. Depois empilhei no Registax 5.1 e tratei em alguns programas básicos.  A montagem era a minha Celestron CG5.

Isso mostra que não são apenas objetos de céu profundo que ficam prejudicados em áreas urbanas.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Lembranças da minha "primeira Astrofoto"

Eu lembro bem da primeira primeira astrofoto de Saturno. Hoje acho muito engraçado. A gente chama de primeira astrofoto. Mas na verdade até conseguir uma foto aceitável, devo ter tirado quase 300 fotos nequele dia, simplesmente segurando a câmera com a mão na ocular. Era um telescópio de 90mm e uma câmera Polaroid de 1,3mpx.

Hoje, olhando essa foto, que ja mostrei aqui no blog, imagino que foi um resultado muito bom para um primeiro dia de Astrofotografia, mas foi muita sorte, as outras 295 fotos que tirei eram apenas borrões, só cinco das trezentas foram aceitáveis e essa de baixo foi a melhor. Lembro que quando eu tirava as fotos tudo o que eu via no LCD era um pontinho branco que ocilava em seu brilho


Astrofotografia é como pescar, exige técnica, conhecimento, um pouco de sorte, mas principalmente muita paciência, só que aqui você pesca a luz vinda do universo ao invés de peixes.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Estreando a Celestron Neximage

Essa semana chegou pelo correio mais um brinquedinho para as minhas noites de astrofotografia, uma pequena webcan da Celestron chamada Neximage. Comprei essa câmera por que depois que tive a experiência de tirar fotos com foco direto com a Canon T2i, comecei a perder a paciência com as fotos em modo afocal, que usam um adaptador que facilita muito a vida de quem não pode usar foco direto, mas que são um exercício de paciência para alinhar a câmera a ocular, sem contar que geram aberração cromática quando são usados com oculares mais simples.

A Neximage pelo que vi, é simplesmente a antiga e consagrada Philips SPC900 dentro da carcaça feita para Celestron, que já vem pronta para conectar ao telescópio (o próprio site da Celestron diz para usar os drivers da SPC900). Não sei se comprar pela Astroshop, como eu fiz, é a melhor solução, mas foi a que melhor atendeu as minhas necessidades.

Instalar a Neximage foi um parto, tanto que devolvi a primeira para a Astroshop achando que não estava funcionado. Agora desconfio que talvez ela não estivesse estragada, apenas tem uma instalação muito complicada. Só consegui instalar após seguir as instruções deste site, pois no site da Celestron nenhuma das soluções apontadas por eles funcionou.

Usar a Neximage também não é simples, foram mais de uma hora até conseguir deixar a imagem razoavelmente nítida na tela do computador, mas até que foi divertido e algo relaxante e não um exercício de paciência como era ajustar a ocular a câmera através de um adaptador regulável.

Ontem resolvi testar a Neximage. O céu no Guará é muito complicado, sempre que aponto o telescópio para Saturno a imagem está absurdamente oscilante, como se estivesse vendo o planeta através da água. mesmo assim, com um vídeo de 100 frames, consegui a imagem abaixo:


Saturno fotografado com uma Neximage, um refrator ED de 102mm/F7 e duas Barlows 2x
 Eu tenho certeza que consigo fotos melhores do que essa, principalmente na chácara, onde o céu é muito mais estável.

domingo, 17 de abril de 2011

Seguindo tentando tirar fotos melhores de Saturno

Ontem eu continuei tentando tirar fotos melhores de Saturno. Confesso que tenho sofrido um pouco para evoluir. Não consegui tirar nenhuma foto com aumento acima de 100 vezes ainda. A foto abaixo pode enganar por causa do tamanho em que o planeta aparece, mas Saturno só ficou grande assim por que eu usei o zoom digital da câmera Bloggie, que, honestamente, acho que deu tudo o que tinha que dar. Quando eu Usei aumento de 100x no telescópio a câmera pegou bem, mas em aumentos acima disso, o planeta sumiu na câmera.


Eu preciso melhor a configuração de absorção de luz, como Iso, Lux, tempo de exposição, entre outrras coisas. Uma coisa legal é que eu consegui ver bem o planeta usando duas Barlows, uma sobre a outra.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Primeira foto de Saturno com o telescópio ED de 102mm.

Ontem eu terminei de processar a primeira foto de Saturno com o telescópio Orion Premium ED de 102mm. Adaptando a câmera Canon 550d ao telescópio, consegui a imagem abaixo. É uma imagem muito boa, processada no Registax 5.1 através das seis melhores fotos que consegui numa sequência de 30.



Ainda é possível conseguir imagens bem melhores, o problema é que a Canon 550d equivale a uma ocular de uns 20mm e a distância focal do telescópio é pequena (710mm). Assim, mesmo com a barlow de 2x, não estou conseguindo aumentos maiores do que 100x e com esse telescópio seria possível conseguir aumentos próximos a 230x. Uma barlow de 5x seria a solução, mas infelizmente elas são muito caras (seria preciso uma de duas polegadas) e não estou encontrando no Brasil para vender. Importar através de algum site custaria mais de mil reais.

Mas eu ainda acho que consigo fotos melhores com outras câmeras. Eu tenho duas pequenas câmeras que podem ser usadas juntos com uma ocular ortoscópica de 6mm acoplada a Barlow. Então nos próximos dias vou tentar novas fotos.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

As primeiras fotos que tirei com um telescópio refrator de 90mm - Júpiter, Saturno e Lua

Aproveitando que estou começando a falar de Astronomia aqui no meu blog, resolvi colocar aqui algumas fotos que tirei com meu telescópio. Estas foram as primeiras fotos que consegui tirar com ele.

A técnica foi mais do que simples. Eu aproximava a câmera, uma Polaróide de 1,3 megapixels ,da ocular e tentava fotografar a imagem que aparecia nela. Vejam os resultados:

Júpiter - Duas faixas enormes são visíveis. Essa imagem ficou até próxima daquilo que vejo com meus próprios olhos ao observar pelo Refrafor de 90mm, com a diferença que as quatro maiores luas do planeta seriam visíveis, inclusive suas sombras sobre o planeta.

Os anéis de Saturno ficaram claramente visíveis nessa fotografia, mas nem sinal da divisão de Cassini, que é claramente visível quando se olha pelo telescópio com seus próprios olhos.

A Lua vista por uma ocular de 25mm

Aqui uma vista da região da lua onde no momento da foto a parte iluminada se misturava com a parte sobre as sombras. Normalmente é onde se tem as melhores imagens das crateras lunares.

Aqui um belo detalhe que mostra os Montes Apeninos, com a grande Cratera Copérnico a esquerda..
 
Aqui podemos ver a espetacular cratera de Tycho (a direita). Repare que é possível ver que o impacto do meteoro espalhou material por centenas de quilômetros.
Estas fotos foram tiradas com um telescópio igual ao da foto abaixo, um refrator acromático com 90mm de abertura e 910mm de distância focal, fixado a uma montagem alt-azimuta.

Com um refrator de 90mm é possível tirar fotos melhores do que as que mostrei, para isso eu precisaria de uma montagem diferente (o tripé), uma câmera mais adequada e, é claro, praticar mais. Mas eu fiquei muito feliz com o resultado inicial.

Um grande Abraço