sábado, 30 de junho de 2012

O Sol Hoje - 30 de Junho de 2012 - E um pouco sobre câmeras coloridas e monocromáticas para Astronomia

O Sol com a monocromática DMK21AU02.AS de resolução 640x480
A mesma área com a DBK41AU02.AS, com resolução de 1280x960.

 Hoje foi dia de fotografar o Sol. Peguei a DMK21 e a DBK41, o PST modificado e fui para a varanda ficar um bom tempo fotografando a nossa estrela. Confesso que teve um momento em que estressei. É incrível que mesmo com o céu com pouquíssimas nuvens elas insistem em ficar na frente do Sol. São Pedro gosta mesmo de tirar uma comigo.

Posso dizer que o resultado mostra que querer comparar a DMK21 com a DBK41 para fotos solares é uma luta inglória. Em banda estreita o desempenho da câmera monocromática (DMK) é muito superior ao da colorida. É claro, se eu não tivesse a DMK, a DBK seria até uma câmera legal para tirar fotos do Sol em H-Alpha, mas com uma câmera monocromática nas mãos isso fica meio sem sentido. A não ser que se queira fazer um post em seu blog para comparar as duas.

Devo lembrar a quem não está entendendo, que a diferença entre uma câmera monocromática e uma colorida é que a câmera colorida utiliza cada 3 pixels do seu sensor para dizer a um pixel qual cor ele devera ter. Na verdade todos os sensores da câmera colorida são capazes, como na monocromática, de dizer apenas o nível de luz que está recebendo. Mas a câmera colorida designa um terço de seus sensores para dizer o nível de luz verde recebida, um terço para a luz azul e o restante para a luz vermelha e depois faz uma interpolação entre os pixels, gerando uma imagem 3 vezes menos sensível do que se cada pixel tivesse apenas a função de dizer qual o nível de luz naquele ponto, como ocorre nas câmeras monocromáticas.

Sim, câmeras monocromáticas serão sempre superiores a câmeras coloridas. Mas então porque quase toda câmera astrofotográfica além de modelo monocromático também possuí o modelo colorido? A resposta é porque câmeras monocromáticas são mais complicadas de se usar. Você é obrigado a gerar três imagens monocromáticas para conseguir uma imagem colorida. Em cada uma dessas imagens monocromáticas você terá que colocar um filtro entre o objeto e o sensor da câmera. Para isso também precisará de uma roda de filtros. Esse equipamentos adicionais não costumam ser baratos e acrescentam ainda mais peso ao seu setup. Não será só na captação que o trabalho será triplicado, mas também no processamento. Em resumo, Astrofotógrafos adquirem câmeras coloridas simplesmente por praticidade, quando não possuem tempo nem ânimo para o trabalho que é tirar fotos monocromáticas e depois juntá-las.

Pelo que tenho percebido, a diferença de qualidade entre uma câmera colorida e uma monocromática varia de acordo com o seu alvo. Para a Lua e objetos de seu profundo fotografados em suas cores reais a diferença existe, mas é menor. Para planetas essa diferença aumenta consideravalmente, embora hajam excelentes fotos planetárias feitas com câmeras da Imaging Source Coloridas por astrofotógrafos muito bons. Já para imagens de objetos de céu profundo captadas com filtros de banda estreita (conhecidos como corres mapeadas, estilo Hubble) e para o Sol em H-Alpha essa diferença é grave. Há muito poucas boas fotos do Sol em H-Alpha feitas com câmeras coloridas.

Há quem diga que eu não devo falar mal da DBK41, porque eu devo por essa câmera a venda daqui alguns meses. Mas eu não sou de ficar baseando meus comentários por meus interesses. A DBK41 tem pontos fortes e suas vantagens, eu gostei muito dela para DSO's e ela é uma câmera de autoguiagem superior a DMK21. Mas não devo me abster de dizer aqui seus defeitos. A imagem feita pela DBK41 ficou até legal, mas fica claro que a DMK21, mesmo com quatro vezes menos resolução, consegue mostrar muito mais detalhes. Imagina se a Bright Star tivesse me mandado a DMK41? A imagem com a câmera colorida foi feita com o auxilio de uma Barlow de 2x, para que os campos se equivalessem.

Termino este post com uma imagem de uma erupção espetacular que surgiu no Sol hoje, que eu não poderia deixar de captar com a DMK21AU02.AS

Um grande abraço a todos!


domingo, 24 de junho de 2012

Finalmente um céu realmente limpo e consigo boas fotos com a DBK41AU02.AS

Finalmente eu tive um céu realmente bom aqui do meu apartamento. Ao contrário do que tem acontecido nas últimas três semanas, entre as sete da noite e a meia noite, hoje o céu ficou limpo aqui em Brasília, e pude pela primeira vez fotografar com calma duas nebulosas da constelação de Sagitário, Lagoa e Cisne. E tenho que dizer, o resultado me deixou absolutamente feliz.

Deve-se lembrar sempre que essas fotos foram tiradas de uma área com grande poluição luminosa. Eu estou no meio de uma metrópole com quatro milhões de habitantes e o bairro em que moro é uma das áreas mais densas de Brasília. Daqui a três semans vou para Alto Paraíso, para participar do EBA (Encontro Brasileiro de Astrofotografia) e tenho certeza que lá vou conseguir fotos muito melhores do que as que consegui hoje.

O que mais gostei das fotos foram as cores, que ficaram com um aspecto bem natural, diferente do que muitas vezes acontece com a DSLR, principalmente em fotos aqui do apartamento.

A imagem da Nebulosa da Lagoa foi feita com 70 frames de 65 segundos. Não foi usado auto-guiagem, hoje o PHD Guiding tava com uma birra esquisita. O programa ficava o tempo todo dizendo que não conseguia calibrar a guiagem por que a estrela não se movia o suficiente na hora da calibragem. Eu nunca vi isso antes e ainda estou tentando entender o que esta acontecendo. Eu coloquei todos os frames no DSS e mandei empilhar os 80 por cento melhores no modo Kappa-Sigma Aparando.


Para a nebulosa do Cisne, eu usei um tempo de exposição menor, de apenas 30 segundos, com um pouco mais de ganho, e captei mais frames, 120. Mas nesta, preferi selecionar manualmente os melhores 75 frames antes de empilhar. Por isso foram empilhados todos os 75 no Deep Sky Stacker. Em ambas as fotos foram usados 40 dark frames.

Semana que vem teremos Lua cheia e deve me dedicar um pouco mais a Astrofotografia solar e lunar, tanto com a DMK21 como com a DBK41.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

M20 - Nebulosa Trífida com a DBK 41AU02.AS da varanda do apartamento


Apesar de ter sido mandada por engano e de ter causado uma grande decepção num primeiro momento, a DBK41AU02.AS tem dominado completamente o tempo astrofotográfico deste autor. Não é nenhuma surpresa, pois a pequena câmera é de uma versatilidade incrível e tem várias vantagens em relacão a minha DSLR que devem ser consideradas:
  •  O sensor é muito mais fácil de limpar.
  •  a câmera é muito mais leve, forçando menos o sistema.
  •  Alimentação vem do computador. Não tenho que me preocupar se a bateria está acabando e nem de recarregar as mesmas sempre antes de uma sessão de astrofotografia.
  • Gera arquivos menores que permitem um processamento muito mais rápido e ocupam menos espaço do disco rígido.
Curiosamente onde estou tendo muitas dificuldades nos últimos dias é na autoguiagem, que é feita com a DMK21, mas acredito que o problema esteja no péssimo seeing dos últimos dias. Da varanda do meu apartamento noto que mesmo as luzes do Guará, o bairro vizinho, estão piscando. Acredito que o fato de luzes tão próximas estarem apresentando oscilação seja devido a grande turbulência atmosférica. Em dias melhores somente as luzes de Sobradinho, 20 quilômetros distante, piscam, indicando um seeing mais propício ao uso da auto-guiagem. Espero que em Alto Paraíso, durante o EBA, as coisas sejam mais tranquilas.

Ontem eu tentei minha primeira nebulosa com a DBK41. Foi a Nebulosa Trífida, ou M20. As coisas não foram fáceis. O céu estava embaçado e a Nebulosa já estava muito próxima à parede do meu prédio quando comecei a fotografar. Eu também perdi muito tempo tentando ajustar a autoguiagem, o que terminou como tempo perdido.

Acabei tirando imagens com frames de apenas 25 segundos. O que eu via na tela não me empolgava muito, mesmo assim eu fui tirando fotos. Fiz umas 50 imagens, mas depois selecionei apenas a metade delas, pois a minha montagem está apresentando um nível meio preocupante de erros. 

Mas tenho que dizer que o resultado final me surpreendeu. Para pouco mais de 8 minutos de exposição total, com o céu embaçado, até que foi uma foto bem legal. Com certeza vou tentar fotografar M20 novamente no EBA com essa câmera e ver quais resultados posso conseguir num céu escuro e principalmente, se conseguir fazer a autoguiagem funcionar corretamente. Nos poucos frames com ganho no mínimo que consegui em testes, me surpreendeu o baixo nível de ruído, bem diferente de frames curtos com ganho elevado, como os usados nessa imagem de M20. Vale também lembrar que, como a câmera não possui resfriamento, tal como acontece com as DSLRs, dark frames são fundamentais. Mas se o sensor for limpo com cuidado antes de usar, Flat frames podem ser dispensados.

Abaixo resolvi deixar uma comparação entre duas imagens. Na superior vemos um único frame captado pela DBK41 da Nebulosa Trífida, com exposição de 25 segundos e ganho elevado. A imagem não é nenhum pouco empolgante, com muito ruído e inúmeros hotpixeis. Têm-se a impresão de que muito poucos resultados irão aparecer. Mas o Deep Sky Stacker é um programa fabuloso e após o empilhamento de 25 imagens surgem detalhes inimagináveis a partir de um único frame. Lembrando que o IC capture, o programa de captura da Imaging Source permite salvar em JPG ou BMP. É claro que eu sempre escolho BMP.

Comparação entre frame único captado pela DBK41AU02.AS e resultado final após empilhamento de 25 desses frames e ajustes no PhotoShop.

terça-feira, 19 de junho de 2012

As primeiras imagens com a Imaging Source DBK41AU02.AS

Como eu disse no post imediatamente anterior. Após oito meses de espera pela câmera monocromática DMK41, a Bright Star me mandou por engano a colorida DBK41. Devido ao trabalho enorme que seria para devolver essa câmera a Portugal, incluindo aí o risco de extravio pelos correios e o imposto que eu teria que pagar, decidi ficar com a DBK41 e brincar com ela até me cansar.

Admito que estou curioso para ver do que a pequena câmera colorida é capaz. Acho que ela deve realmente ser mais fraca para fotografia solar em relação a sua irmã preto e branco, mas tenho esperança de que seja uma câmera bem razoável para planetas, e boa para fotografias lunares e de céu profundo.



Primeiro vou começar com a primeira imagem solar, que vocês veem acima. É uma foto até bem legal, que me surprendeu. O céu estava muito nublado e, apesar de ter deixado o telescópio cerca de duas horas na varanda, tive pouco mais de dez minutos de Sol. Essa foto foi do único filme que fiz com a Barlow 2x Shorty da Orion, que, como sempre, trouxe bons resultados. Eu também tentei algo com um redutor focal da GSO, que mostraria o disco solar inteiro, mas o foco está um pouco para dentro e vou ter que fazer uma nova peça se quiser usar esse redutor.

Como a DBK41 é colorida, procurei deixar as cores bem próximas do que a câmera captou. Lembrando que em câmeras monocromáticas as cores são sempre conseguidas artificialmente, com o PhotoShop. É claro que eu dei um realce nas cores das manchas usando a ferramenta Cores Seletivas, mas considerei o resultado excelente.

De noite foi hora de tentar algumas imagens de céu profundo. Infelizmente o céu daqui de Brasília continua muito instável, com núvens aparecendo o tempo todo e viajando em grande velocidade. Além disso, quando finalmente o céu estava abrindo, a constelação de Sagitário, que possui as melhores nebulosas para serem fotografadas de locais com alta poluição luminosa, já estava sumindo atrás do meu prédio.

Comecei então tentando exposições curtas do aglomerado M22, que foi facilmente encontrado, como sempre. Fiz umas quarenta imagens com exposições de cerca de 20 segundos cada. Empilhei tudo no DSS e confesso que não gostei muito do resultado. Depois resolvi verificar os frames e vi que muitos estavam com erros de acompanhamento. É um erro muito sutil, mas tirar esses frames do empilhamento sempre ajuda a melhorar o resultado final, que vocês podem ver abaixo, conseguido a partir das melhores 24 imagens captadas, totalizando 8 minutos de exposição:


 Depois de M22 resolvi ir para M11, ou aglomerado de Pato Selvagem, que estava um pouco mais baixo no céu. Dessa vez eu tentei usar a autoguiagem, e fui bem ambicioso, com frames de 3 minutos. Mas estava difícil. Haviam nuvens muito rápidas para todo lado. Eu não consegui um único frame sem que uma nuvem entrasse na frente do telescópio e fizesse a DMK21 (minha outra câmera da Imaging Source, no telescópio guia) perder a estrela de guiagem. Depois de várias tentarivas frustradas resolvi baixar o tempo de exposiçào para um minuto. Com 12 frames de 60 segundos, mais 12 de 20, totalizado 14 minutos e 40 segundos de exposição, posso dizer que o resultado final me agradou muito pelas condições enfrentadas. Estou ansioso para ver a DBK41 no EBA.

sábado, 16 de junho de 2012

Chegaram novos equipamentos, mas Bright Star pisa na Bola

A DBK41 enviada pela Bright Star no lugar da DMK41

Finalmente uma compra que fiz em novembro passado chegou em casa. Está compra pode muito bem entrar para o rol de compras mais sofridas da história da internet. 

Em novembro do ano passado, num ataque de empolgação, comprei da Loja Bright Star, de Portugal duas câmeras da Imaging Source, uma DMK21 e uma DMK41. As duas Câmera são aparentemente idénticas, mas com duas grandes diferenças. A DMK21 tem resolução de 640x480, mas grava a 60 frames por segundo. Já a DMK41 tem quatro vezes mais resolução, 1280x960, mas devido às limitações da entrada USB 2.0 só consegue gravar a 15 frames por segundo. A ideia era que as duas câmera se completassem. Sendo a DMK21 para fotos planetárias e detalhes do Sol e a DMK41 para imagens do disco solar completo e até algumas tentativas de céu profundo. A DMK21 também serviria de autoguiagem para a sua irmã maior, que por sua vez seria a autoguiagem da Canon T2i.

A compra totalizou mais de mil Euros e deveria chegar em pelo menos dois meses, mas nunca chegou. Ela foi "extraviada" pelos Correios. Afinal, uma caixa pequena, com uma nota dizendo que custou mais de mil Euros é algo que chama a atenção não é? E infelizmente os Correios se tornaram a pior instituição desse pais, tão confiáveis quanto uma raposa no galinheiro.

 A confirmação do extravio levou meses, demorou tanto que quando a BrightStar foi mandar a outra câmera a minha mãe estava prestes a ir para Portugal. Sem confiança alguma nos correios, pedi então para que a loja portuguesa mandasse a encomenda para onde a minha mãe ia ficar, e ela traria a compra para mim. Eu já até tinha comprado uma DMK21 e por isso pedi para a BrightStar que não me mandasse essa câmera outra vez, e que eu gostaria de comprar outros equipamentos pelo valor dela, o que felizmente foi atendido e eu pude trocar a DMK21 por vários filtros que hoje e no futuro me serão muito úteis, além de uma roda de filtros. Já a DMK41 eu fazia questão de manter no pedido.

Minha agora respeitável coleção de filtros, mais a roda para 5 filtros.


Minha mãe voltou de Portugal semana passada e eu não demorei a pedir para que ela me mandasse a compra por Sedex. A compra chegou quinta-feira, mas com uma grande decepção. A Bright Star mandou a câmera errada. Ao invés da monocromática DMK41 eles mandaram a DBK41, que é Colorida.

Receber uma câmera colorida no lugar de uma monocromática pode não parecer ruim para quem não entende de astrofotografia, mas é sim. Tudo bem! Tem a facilidade de tornar a captura mais rápida e o setup mais leve, mas a sensibilidade de uma câmera monocromática é muito maior, por que ela não faz a interpolação de cada 3 pixels para gerar outro colorido.

Alguns amigos me sugeriram devolver a câmera e trocar por uma DMK41, mas eu decidi ficar com ela. A troca seria longa e trabalhosa. A DBK41 pode ser uma câmera interessante e com algumas vantagens. Eu também pretendo usar ela para fotografia de céu profundo. Já vi algumas imagens feitas com ela e achei muito interessantes, sendo que essas imagens poderiam ter sido muito melhores se tivessem sido mais bem trabalhadas. A DBK 41 também será uma excelente câmera de Autoguiagem e vi muitas fotos lunares excelentes com ela. Alem disso, eu tenho algumas ideias sobre processamento que podem me ajudar a conseguir boas imagens solares com ela. 

Só o tempo dirá  o que conseguirei com essa câmera. Mas afinal, eu faço astrofotografia é por diversão e ter uma câmera pouco conhecida nas mãos de um astrofotográfo tão empolgado como eu pode ser uma grande oportunidade.

Fiquei muito feliz com os filtros. Posso dizer que tenho agora uma senhora coleção. Posso até dizer que tenho o kit completo para Astrofotografia. Chegaram o kit LRGB, mais um filtro CLS (para poluição luminosa), um OIII e um SII, que junto com o meu H-Alpha poderão fotografar em cores mapeadas. Além é claro de uma roda de filtros para 5 filtros. Agora eu preciso muito de uma câmera CCD monocromática dedicada para Astrofotografia de céu profundo, mas devido as minhas condições financeiras estarem bem precárias esse ano, devido a nova morada e a nova moradora, essa câmera deve aparecer só ano que vem. Até lá vou brincando ao máximo com o que tenho em mão no momento, que é já um setup bem respeitável.

Com uma DMK21 na autoguiagem e uma DBK41 na câmera principal posso até conseguir interessantes fotos de céu profundo. O filtro CLS deve ajudar em fotos tiradas do meu apartamento.

Fim de pesquisa - Leitores do Blog elegem a marca Orion a melhor entre as populares

Terminou uma pesquisa que deixei por cerca de um mês no Blog. Perguntei aos leitores  qual era a sua marca favorita, entre aquelas mais populares de equipamentos astronômicos. A venceradora foi a Orion, com 29% dos votos, seguida de perto pela Celestron, com 25%. 

Fiquei feliz pela vitória da Orion, até por que votei nesta empresa, que praticamente nunca me desapontou com a qualidade de seus equipamentos, que, embora baratos quando comparados a marcas como Televue e Vixen, não deixam a desejar em termos de qualidade. Eu já tive dois telescópios da Orion (o atual ED de 102mm e o Refrator Acromático de 90mm) e fiquei satisfeito com o custo benefício de ambos. Também tenho uma Barlow dessa sempresa, a Barlow 2x Short, que considero excelente.

A decepções foram a Meade e a GSO. A meade é uma marca respeitada, com uma gama de produtos de número muito superior ao da Orion, mas só recebeu 8% dos votos, ficando na lanterna. Outra que decepcionou foi a GSO. Tão popular através do Armazém do Telescópio, só teve 10% dos votos. A Sky-Watcher, ficou numa posição intermediária entre as participantes, com 14%. Já 10% dos votantes escolheram outras marcas (me pergunto quais seriam).

Lembrando que a pesquisa não tem qualquer valor científico. É apenas uma curiosidade entre os leitores deste blog.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

M22 fotografada no 18. ENOC.

Clique na imagem para ver maior

O Aglomerado Globular M22 (ou NGC 6656) é um objeto com um aspecto interessante para mim. Ele tem um forte "poder de atração". Sempre que estou procurando algo na constelação de sagitário, seja de telescópio ou de binóculo, sempre acabo me deparando com esse aglomerado, não importa o que esteja procurando. Mas isso não é nenhuma surpresa, dentro de sua classe somente Ômega Centauri e 47 Tucanae brilham mais. Até M13, aclamado pelos astrônomos do norte, brilha menos do que M22, que tem magnitude 5.1, contra 5.9 de M13.

Eu já tinha algumas fotos de M22, mas algumas tinham ficado tão ruins que eu nem publiquei. Mas foi diferente neste último ENOC. Com ótimo foco e perfeito alinhamento para imagens de 30 segundos, mesmo sem computador consegui minha melhor foto deste aglomerado, e uma de minhas fotos de que mais gostei.

Essa foto mostra pra mim algo interessante. Como eu disse no post anterior as condições no 18. Enoc não estava perfeitas. Eu devia ter então aproveitado e fotografado mais aglomerados globulares e abertos, que teriam rendido fotos perfeitas e não as meia boca que consegui de nebulosas e galáxias.

A imagem acima foi feita com 31 frames de 30 segundos, em ISO 6400. Foram 15 minutos e 30 segundos de exposição total. Como foi usado um cabo disparador para controlar a câmera e não o netbook, que estava desligado, não houve intervalo entre os frames. Isso acabou provocando um problema na hora de empilhar os frames no Deep Sky Stacker 3.3.3 Beta 45, o programa usado para o empilhamento dos frames. Sempre que eu tentava empilhar os arquivos em RAW, a imagem ficava azulada demais ou avermelhada demais (demais mesmo!). E isso aconteceu com todas as imagens feitas durante o ENOC, tanto que a maioria teve seu resultado final publicado com frames feitos de arquivos em JPG, que sofrem os efeitos da compressão.

Não vou dizer como fiz para resolver o problema, ou melhor, conseguir a imagem acima através de frames em RAW. Foi tão complicado que não lembro exatamento todos os passos que tomei. O mais certo é dizer: Sempre que puder, deixe espaços razoáveis entre seus frames, algo em torno de 15 a 30 por cento do tempo de exposição (menos para tempos de exposição maiores) isso evitará dores de cabeça no futuro, como as que eu tive.

sábado, 9 de junho de 2012

Intervalo para a paternidade

 

Quem acompanha esse blog deve ter percebido que ele ficou parado alguns dias. Não é algo comum de acontecer, mas o motivo é muito especial. Nasceu minha primeira herdeira. Uma linda menina chamada Lorena. E como eu e minha esposa somos sozinhos aqui em Brasília, resolvi dar uma paradinha em tudo para poder prestar toda a assistência necessária.

Mas não se preocupe. Eu devo voltar dentro de alguns dias, com novas fotos e muitas novidades, como a estreia da DMK41, que finalmente, depois de incríveis oito meses de espera, já está no Brasil e também uma roda de filtros com filtros RGB, filtros de cores mapeadas e um filtro contra poluição luminosa. Além do Quinto EBA - o principal momento astrofotográfico do ano, que está para chegar.

Enquanto isso, deixo com vocês a foto dessa linda estrelinha que nasceu há pouco mais de uma semana, minha filha Lorena.