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O Aglomerado Globular M22 (ou NGC 6656) é um objeto com um aspecto interessante para mim. Ele tem um forte "poder de atração". Sempre que estou procurando algo na constelação de sagitário, seja de telescópio ou de binóculo, sempre acabo me deparando com esse aglomerado, não importa o que esteja procurando. Mas isso não é nenhuma surpresa, dentro de sua classe somente Ômega Centauri e 47 Tucanae brilham mais. Até M13, aclamado pelos astrônomos do norte, brilha menos do que M22, que tem magnitude 5.1, contra 5.9 de M13.
Eu já tinha algumas fotos de M22, mas algumas tinham ficado tão ruins que eu nem publiquei. Mas foi diferente neste último ENOC. Com ótimo foco e perfeito alinhamento para imagens de 30 segundos, mesmo sem computador consegui minha melhor foto deste aglomerado, e uma de minhas fotos de que mais gostei.
Essa foto mostra pra mim algo interessante. Como eu disse no post anterior as condições no 18. Enoc não estava perfeitas. Eu devia ter então aproveitado e fotografado mais aglomerados globulares e abertos, que teriam rendido fotos perfeitas e não as meia boca que consegui de nebulosas e galáxias.
A imagem acima foi feita com 31 frames de 30 segundos, em ISO 6400. Foram 15 minutos e 30 segundos de exposição total. Como foi usado um cabo disparador para controlar a câmera e não o netbook, que estava desligado, não houve intervalo entre os frames. Isso acabou provocando um problema na hora de empilhar os frames no Deep Sky Stacker 3.3.3 Beta 45, o programa usado para o empilhamento dos frames. Sempre que eu tentava empilhar os arquivos em RAW, a imagem ficava azulada demais ou avermelhada demais (demais mesmo!). E isso aconteceu com todas as imagens feitas durante o ENOC, tanto que a maioria teve seu resultado final publicado com frames feitos de arquivos em JPG, que sofrem os efeitos da compressão.
Não vou dizer como fiz para resolver o problema, ou melhor, conseguir a imagem acima através de frames em RAW. Foi tão complicado que não lembro exatamento todos os passos que tomei. O mais certo é dizer: Sempre que puder, deixe espaços razoáveis entre seus frames, algo em torno de 15 a 30 por cento do tempo de exposição (menos para tempos de exposição maiores) isso evitará dores de cabeça no futuro, como as que eu tive.
Dadas as condições que você já nos disse essa foto está muito boa Rodrigo. Você comentou que ..."usou cabo disparador para controlar a câmera e não o netbook"... dá para controlar a T2i pelo net, como? Também falou de sua DMK41 você comprou coloridas?
ResponderExcluirBoas perguntas Eldio. Dá para controlar a Canon T2i pelo computador sim, daí você simplesmente coloca quantas fotos quer tirar, qual o tempo de exposição e o intervalo entre elas. Você só precisará de um cabo USB e do programa Canon Utylities, que você encontra de graça na internet. É mil vezes melhor de usar assim. Quanto a DMK41, ela é monocromática, mas também adquiri os filtros RGB e uma roda de filtros. Dá mais trabalho, mas as fotos ficam melhores em câmeras monocromáticas.
ResponderExcluirEu tenho o Canon Utylities, são vários softwares mas pelo que vi é o EOS Utility que é usado para descarregar e tem uma opção de configurar a câmera para disparo remoto. Poxa nem sabia dessa utilidade vou dar uma atenção a isso.
ResponderExcluirRodrigo queria saber uma coisa de vc, não ligue pois pode aparecer essa pergunta em outros lugares do seu blog rsss... é sobre um tele refrator to em dúvida de qual e como adquirir.
Vc importou o seu Órion sem ser importado qual vc recomenda por aqui, que tal esse " Refrator Acromático 150mm Toya Skymaster RF150F PRO " ou sei lá tenho um primo em NY já me disse que se precisar ele compra e manda para mim mas eu nunca importei nada de lá sei que ele já está acostumado a fazer isso. Eu pediria só o tubo e pegaria o 110 mm, sei lá. Dá uma luz ai.
Obrigado.
Maravilhosa!! Perfeita! Obrigada por compartilhar tais maravilhas do Universo.
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