quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Spetacular Universe - Uma revista só com astrofotos de amadores.


Esses dias chegou uma edição especial da Astronomy Magazine que achei muito interessante, chamada Spectacular Universe. Está edição é o sonho de um aspirante a astrofotógrafo como eu, por que tratá-se de uma revista livro toda preenchida com fotos tiradas apenas por amadores.

Que fique claro que estes amadores estão longe de serem iniciantes. São na verdade o máximo que podemos chegar como astrofotógrafos amadores. A maioria das fotos de céu profundo, por exemplo, são tiradas com caríssimas câmeras S-BIG 11000, que custam cerca de 6 mil dólares, com montagens e telescópios na mesma categoria. São na maioria setups que no Brasil custariam fácil cerca de 50 mil dólares ou bem mais do que isso. Mas é isso mesmo, a revista nos dá um choque de realidade ao percebermos o que são realmente os equipamentos dos melhores amadores do mundo.

Bem, na verdade acho até que esse é o grande defeito da revista, que poderia dar mais espaço a fotos tiradas com equipamentos mais simples. Por exemplo, a minha parte preferida é uma seção em que eles mostram uma série de fotos tiradas de um mesmo objeto (a Nebulosa Crescente) com equipamentos completamente diferentes. A sessão mostra que, apesar da revista ter priveligiado donos de equipamentos caros, é possível tirar fotos quase tão espetaculares como as que aparecem na revista com equipamentos pelo menos intermediários. 

Mas não deixa de ser maravilhoso ver as imagens que são conseguidas com boas câmeras, bons telescópios e, principalmente, com muita prática na captação e esmero no processamento. Eu sou do tipo que gosta não apenas de tirar fotografias do céu, mas também admirar o trabalho de outros astrofotógrafos.

A revista tem um poster no meio, com uma imagem do centro da galáxia feita por Rogélio Bernal, um dos mais respeitados astrofotógrafos do mundo. Bem, eu acho que eles podiam ter escolhido uma foto mais interessante dele para essa poster, mas não deixa de ser uma imagem espetacular.

Spetacular Universe é uma revista especial totalmente voltada para astrofotógrafos, o que é algo um pouco raro. Por isso vale muita a pena. Eu já devo ter olhado muitas de suas imagens dezenas de vezes, mas a gente sempre consegue perceber um detalhe novo e fica sonhando se um dia chegaremos ao níveis dos astrofotógrafos que aparecem na revista.

A revista pode ser adquirida no link abaixo, com o frete fica em 14 dólares (lembrando que revistas não pagam impostos de importação), um preço que vale muito a pena pelo excelente conteúdo, afinal, são mais de 250 fotos excelentes nassuas mais de 100 páginas.

http://www.kalmbachstore.com/as1110501.html



Um grande abraço a todos!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Eita depressão brava!!! - A chuva chega para valer em Brasília

A vista da Janela do meu apartamento. Repare nos prédios do Águas Claras, quase desaparecendo ao fundo.


As chuvas voltaram em setembro aqui em Brasília, quando já era muito difícil observar ou fotografar qualquer coisa no céu da cidade devido a camada de poeira sobre o a cidade. Quando elas vieram foram até celebradas pela forma como limparam o céue proporcionaram algumas fotos legais da janela do meu apartamento.

Até esses dias eu não estava achando a temporada de chuvas tão ruim assim. O céu ficava nublado, mas as núvens iam embora. Chovia, mas depois o céu limpava.

Até alguns dias, estávamos numa época aqui em que chovia todo dia, mas parece que neste fim de semana começou a época mais temida pelos astrônomos: aquela em que chove o dia todo. São aqueles dias em que as núvens não dão uma única trégua no céu.

Para piorar ainda mais a minha tristeza, o filtro que comprei há quase dois meses num site internacional, não chega. Esse filtro foi caro e já estou começando a perder o sono por causa da demora. 

Que venham dias melhores para este astrofotógrafo normalmente tão empolgado!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Excelente reprocessamento da foto da Galáxia de Andrômeda


Quase quatro meses depois do Encontro Brasileiro de Astrofotografia, o que eu faço  para matar o tempo em dias de chuva? Reprocesso as imagens que consegui naqueles saudosos dias na Chápada dos Veadeiros, quando, num frio de cinco graus, a noite passava rápido enquanto eu tomava chocolate quente e lutava contra a umidade que se acumulava nas lentes do meu equipamento, principalmente da luneta de auto-guiagem.

A foto acima e um reprocessamento de uma das primeiras imagens que captei na chápada, enquanto eu lutava também contra as nuvens que se acumulavam sobre o sítio de observação. Ou melhor, torcia contra elas, já que não se pode fazer nada contra nuvens.

Eu já tinha feito alguns processamentos dessa foto, mas não tinha gostado deles. Tudo bem, teria sido bem mais fácil se eu tivesse captado uns vinte frames e não apenas os cinco que captei, mas as frames não ficaram ruins e eu sabia que conseguiria uma imagem melhor se me esforçasse.

A maior batalha é manter as cores das estrelas enquanto se tira o ruído da imagem. As estrelas tendem a ficarem brancas quando se usa o Noise Ninja e isso estraga um pouco a graça da foto. Essa foi a primeira foto que separei as estrelas da nebulosa numa outra camada para proteger as estrelas enquanto tirava o ruído na nebulosa. Eu confesso que não consegui entender muito bem as explicações que via em fóruns e fiz inúmeros testes até conseguir um resultado satisfatório.

ainda não está perfeito, mas estou muito feliz com essa imagem. Eu estou devendo algumas explicações sobre processamentos de imagens, mas a grande verdade é que ainda trabalho por tentativa e erro, rsss!

domingo, 20 de novembro de 2011

Foto de Júpiter e suas Luas montada no PhotoShop

Júpiter e suas Luas, da esquerda para a direita, Ganímedes, Io e Europa.

Madrugada de Sábado com céu limpo aqui no Guará, contrariando a metereologia que apontava para uma noite chuvosa. Então, às duas da manhã, quando Júpiter está finalmente fazendo pose na janela do meu apartamento, eu arrasto o ED de 102mm com a montagem Celestron CG-5GTpara tentar uma boa foto do planeta.

Eu também estava estreando uma Barlow nova, a Ed de 3x da GSO, que comprei no armazém do Telescópio. Bem eu tenho que dizer que esperava mais dessa Barlow, mas pode ser que eu esteja apenas me adaptando ao equipamento novo. 

Eu também queria tirar uma foto de Júpiter com seus filhotes, melhor dizendo, as Luas Galilenianas que estão sempre acompanhando o planeta. Mas não é fácil fotografar o planeta com as Luas. Quando eu aumento a exposição, elas aparecem, mas o planeta vira um disco branco, sem nenhum detalhe. Quando eu diminuo a exposição, detalhes da atmosfera planetária aparecem, mas as Luas somem. Então a solução é tirar duas fotos, uma com o sensor bem lento e outra com ele bem rápido e juntar as duas no Photoshop, trocando o disco branco que aparece junto com as luas, por um com os detalhes da atmosfera. Não sei até que ponto isso é honesto, mas pelo menos funciona.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Enorme filamento domina a paisagem solar em 17/11/2011


Ontem foi dia de chegada de equipamento novo lá em casa. Uma barlow ED 3x da GSO e um dovetail de 20cm chegaram do Armazém do telescópio. O dovetail foi comprado para eu não ter que ficar colocando o Coronado PST sobre o Ed de 102mm na hora de fotografar o Sol. E a Barlow, é claro, foi comprada para eu conseguir mais aumento e imagens melhores do que aquelas conseguidas pela ShortBarlow 2x da Orion.

Eu cheguei do trabalho cinco e meia da tarde e, como é horário de verão, vi que poderia tentar umas fotos do Sol antes que ele caísse no horizonte. A maior dificuldade que tive foi conseguir o foco com a Barlow ED 3x, pois o Coronado PST é um telescópio que tem um ajuste de foco muito curto. Eu só consegui depois de tirar todos os componentes da Barlow e deixar só aquele da ponta, que segura a lente. Infelizmente, não sei por que, a rosca da Barlow da GSO não se encaixava de forma alguma com a Neximage ou qualquer outra rosca padrão de oculares. Não me pareceu falta de padronização, mas sim um acabamento mal feito da rosca e tive que anexar a barlow com a Neximage na base da fita durex. A qualidade da lente entretanto, me pareceu muito boa.

Quando finalmente apontei o telescópio com a câmera devidamente instalada para o Sol, me surpreendi com a imagem de um enorme filamento que perfazia cerca de um terço do disco solar. É o maior que vi desde que comecei a fotografar o Sol. É uma pena que o Sol já estava muito baixo no horizonte e eu ainda estou me adaptando a nova Barlow (configurar, velocidade do sensor, ganho do sensor, brilho, gamam, balanço de branco e contraste é sempre algo complicado), mesmo assim foi um registro interessante.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Um mosaico quase perfeito do Sol


Atenção - Foto tirada com telescópio solar com filtro H-alpha. 
Nunca aponte um telescópio ou câmera fotográfica para o Sol sem filtro específico para isso.


Eu sigo melhorando meus mosaicos feitos com o Coronado PST e com a WebCan Celestron Neximage. Mosaico é com certeza a melhor forma de obter boas fotos do Sol com este equipamento. Embora seja muito trabalhoso.

Para fazer esse mosaico eu faço várias filmagens, de partes diferentes do Sol. Para conseguir ainda mais resolução, uso uma Barlow 2x bem barata, a Short Barlow 2x da Orion, uma das mais baratas que há. São nessárias cerca de doze filmagens que depois devem que ser empilhadas e processadas para cobrir o disco todo do Sol e por fim eu tenho que juntar tudo no Fitswork. No caso dessa imagem de hoje, ainda tive que fazer outro disco com as erupções solares que portilhavam o planeta. É claro que só fiz isso onde haviam erupções.

Eu gostei muito do resultado, mas como disse no título, considerei a imagem quase perfeita. Principalmente do lado direito da foto, é possível perceber mudanças de tonalidade do disco, causado por mudanças de brilho entre uma foto e outra. Um céu meio nublado não ajuda em nada resolver isso.

sábado, 12 de novembro de 2011

Primeira Foto de Júpiter da Janela do Apartamento

Para essa foto foram usados os melhores 250 frames de um video com 2500 em 60FPS>

Finalmente Júpiter está dando as caras na janela do meu apartamento, que é virado para o Oeste, isso se eu tiver forças para ir dormir bem tarde. Ontem, como era sexta-feira, pude arriscar umas imagens do planeta. Para isso usei o Orion 102mm ED sobre a montagem Celestron CG-5GT. Como a distância focal deste telescópio é pequena, empilhei duas Barlows de 2x para aumentar em 4x o aumento natural do meu telescópio com a câmera Celestron Neximage.

O seeing estava péssimo, por isso mandei ver 60 frames por segundo na Neximage. Recentemente descobri que a Neximage não é apenas uma SPC900nc com a embalagem da Celestron. Além da vantagem de já vir pronta para botar no telescópio, enquanrto para a SPC900nc é necessária a aquisição ou a construção de um adaptador, a Neximage também tem agrande vantagem de vir com entrada USB 2.0, enquanto a SPC900nc da Philips tem entrada USB 1.0. Por isso não é possível filmar em 60 frames por segundo com a SPC900nc sem que haja compressão de vídeo. Já com a Neximage não há nenhuma alteração na qualidade da imagem ao se filmar com 60 frames por segundo, o que é muito bom.

Deve ser por isso que as câmeras DMK da Imaging Source só tinham entrada FireWire e só passaram a ter entrada USB quando foi criada a 2.0.

Sempre lembrando que meu equipamento não é o ideal para fotografia de Júpiter, o equipamento ideal para fotografia planetária foi o que mencionei neste post. Mas como vocês podem ver pela foto acima, é possível brincar de fotografar planetas. Pena que a Grande Mancha Vermelha estava do outro lado esta noite, poís eu ainda não consegui fotografá-la.

Mércurio e Vênus da Jánela do Apartamento


Nos últimos dois dias, depois de duas semanas complicadas, finalmente parou de chover, então, apesar da Lua cheia que impede qualquer foto de céu profundo, resolvi arriscar umas fotos, mas é claro, de planetas.

Hoje tentei arriscar uma de Vênus com o Orion Premium ED de 102mm, mas o seeing estava horrível. O planeta estava muito baixo no horizonte e por isso, tudo o que eu conseguia ver era uma bolinha que parecia estar debaixo da água. Na era possível nem perceber se o planeta estava em fase.

Mas notei que Mercúrio estava próximo de Vênus, numa bonita conjunção. Então peguei o humilde TravelScope, que tem muito menos distância focal do que o ED (400mm contra 710mm do ED), troquei também a Neximage pela Canon T2i, que tem um campo muito maior e arrisquei uma foto com os dois planetas na mesma imagem. O resultado é a foto que você vê acima, com os dois planetas entre as nuvens do crepúsculo.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Votem em mim!!

A foto com a qual eu concorro

Pessoal, eu estou participando de um concurso de fotografias no Facebook. O concurso é da página da OPT naquele site. Os prémios são simples, mas estou achando bem divertido.

Para que eu melhore a minha posição, vou precisar do apoio de vocês, por isso peço para quem está lendo esTe post, para entrar na página da OPT e votar na minha foto:

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Fotos Tiradas com refletores de 114mm/4.5"

Eu queria começar a  mostrar fotos de telescópios refletores, pelos de 76mm, mas esses telescópios são usados muito pouco para Astrofotografia e a verdade é que não achei nada digno para este tipo de telescópio. Já para refletores de 114mm, é possível achar muita coisa boa.

Lembro que algumas fotos mostradas são tiradas por astrofotógrafos experientes, com conhecimento em processamento e com os acessórios corretos, como uma boa câmera fixada ao telescópio e uma montagem com acompanhamento. Por isso não espere adquirir qualquer refletor de 114mm e semana que vem aparecer com fotos como a que eu mostrarei abaixo. Além disso, a qualidade ótica vária de equipamento para equipamento.


O argentino Israel Battistone conseguiu essa impressionante imagem de Júpiter com um refletor 114m F8, uma ocular SMA de 10mm, Barlow 2x e uma câmera Canon A540. A montagem foi uma EQ1. A foto é fruto de cerca de 30 frames processados no Registax. Essa é uma das melhores imagens que se pode ter com um telescópio desses. Com certeza não foi fácil. Eu achei outras fotos de Júpiter com esse nível de detalhes o que prova que é possível arrancar algo assim com um 114mm de boa qualidade ótica e a câmara certa (uma SPC900nc ou Toucam).


Essa de Saturno foi tirada com um Celestron Astromaster 114mm e uma Canon A3100 IS. A imagem foi processada no Registax e no Gimp, O autor foi Shropshire lad (apelido). Eu não achei nada de Saturno comparável com a imagem de júpiter acima.


Essa imagem de Marte, a única que achei para um refletor de 114mm foi tirada por Jeb Mayers, com um Tasco Luminova 114mF900 e uma Canon Powershot G5. É possível perceber levemente as calotas polares do planeta.


Gunter (apelido de um usuário do fórum do Astronomy.com), conseguiu essa imagem de Vênus com sua câmera Kodak EasyShare em seu refletor de 114mm.


Com um Meade 114mm e uma Phillips Toucan Pro II Christopher Dignan conseguiu essa boa  imagem da Cratera Platão, na Lua.


Se colocados numa boa montagem e com uma boa câmera, mesmo os telescópios mais baratos, quando possuem um ótica pelo menos aceitável, são capazes de gerar boas imagens. Usando um Orion Starblast, o modesto telescópio da foto abaixo, mas sobre uma montagem LXD55 (me parece equivalente a uma EQ-3 com Sys Scan) e uma Meade DSI, :John McSorley conseguiu a excelente imagem da Nebulosa de Orion (M42) que você vê acima. Para esta foto McSorley empilhou 22 frames de 30 segundos.



O Orion Starblast com seus 113mm

sábado, 5 de novembro de 2011

Comparativo de um Octans 7x50 com um Nikula 7x50 - primeiras impressões

O Octans 7x50 a venda no Ármazem do Telescópio - 144 reais com o frete (PAC).
Hoje tive a oportunicade de comparar um Nikula 7x50, que comprei por 180 reais na feira dos importados e está por 318 reais no Binóculos.net, com um Octans 7x50, que um amigo comprou por 144 reais (129+15 de frete) no Armazém do Telescópio, depois de fortemente incentivado por mim. Essa era um comparação que eu estava ansioso para fazer, pois os binóculos Octans são muito famosos entre os astrônomos brasileiros pela seu excelente custo benefício.

A primeira impressão que tive do Octans 7x50 não foi lá uma maravilha. O acabamento não me pareceu lá essas coisas, havia gracha saindo de uma das oculares (essa gracha deve ter sido colocada em excesso e deve sumir com o tempo). Também não gostei de ver como as tampas do binóculo saem, ou caem, tão facilmente. Elas praticamente só ficam no binóculo se ele estiver dentro da sacola, cujo tecido parece pouco superior ao Perfex que uso para limpar a pia da cozinha. Devido a pouca firmeza das tampas é bom o meu amigo nem cogitar colocar essas tampas quando estiver com o binóculo pendurado no pescoço, pois elas vão sumir bem facilmente.

Mas para minha tristeza e alegria do meu amigo, no primeiro teste, feito no fim da tarde, observando os prédios do Águas Claras, que ficam há alguns quilômetros na bela vista da janela do meu apartamento, pude ver claramente a superioradade da imagem do Octans. O constraste era melhor e ao tentar observar os prédios mais distantes, pude ver que a resolução do Octans eram superior a do Nikula, que está duas vezes mais caro no Binóculos.net. Para objetos realmente distantes parecia que o Octans conseguia sempre um foco melhor do que o Nikula.

Anoiteceu e infelizmente o céu não abriu. Mas a vista muito boa que tenho da janela do meu apartamento,  de onde vejo prédios a muitos quilômetros de distância, é sempre boa para fazer comparações com binóculos. Eu apontei os dois para a área de Samambaia, cidade satélite mais ao Sul e sem tantos prédios, e pude perceber que as luzes da iluminação pública ficavam mais pontuais no Octans do que no Nikula, me permitindo ver melhor as ruas daquela cidade satélite. Ao apontar para um prédio ainda em construção, que por isso estava bem escuro, pude perceber detalhes com o Octans que não apareceram no Nikula. Embora deixe claro que é uma diferença muito, mas muito pequena, apenas perceptível quando tiro um binóculo e imediatamente coloco o outro. (Só que isso não é necessário para ver que no Octans as cores são mais vivas).

Também quis apontar os dois binóculos para um poste com luz bem forte próximo do meu apartamento, para ver como reflexos internos apareceriam na imagem. A luz desse poste estava bem próxima do que seria a luz de uma Lua cheia. Ambos os binóculos apresentaram reflexos internos, mas no Octans a luz foi maior, porém mais fraca. No Nikula a luz foi mais forte, embora um pouco menor. Só que devo dizer que quando apontava os dois binóculos para o Águas Claras, reflexos internos eram quase imperceptíveis no Octans - você tinha que procurar por eles - enquanto no Nikula eles ficavam evidentes.

Também achei o Octans mais confortável de olhar. Ele tem uma pegada melhor e se encaixou melhor em meu rosto nas observações. Foi uma pena não ter tido um céu limpo para fazer as comparações. Se puder ver Júpiter antes de devolver o binóculo para meu amigo, vou colocar aqui no blog as minhas impressões. Assim mesmo pude ver que, mesmo custando muito mais barato e tendo um acabamendo bem inferior ao Nikula, que se sai muito bem nesse critério, o Octans claramente tem uma ótica superior e é um binóculo maravilhoso pelo preço cobrado.

Apesar da tristeza de ver que meu Nikula não era tão bom como eu imaginava, ficou a alegria de saber que o binóculo que tanto falei para meu amigo, e que ele comprou por sugestão minha, valeu e muito o preço pago por ele.

Por 318 reais no Binóculos.net (no boleto bancário) o Nikula tem excelente acabamento, mas a imagem, apesar de muito boa, perde para o Octans do Armazém do Telescópio, duas vezes mas barato.


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

M30 e M75 - Aglomerados Globulares pálidos a Janela do Apartamento

 Como eu já disse antes, da janela do meu apartamento, tento mais é fotografar aglomerados abertos e aglomerados globulares. Mas fiquei muito feliz com os resultados que consegui nas últimas tentativas. Semana passada tentei alguns aglomerados Globulares que eram visíveis da janela do meu apartamento. Foram Eles, M2, M30 e M75. Este último de magnitude 8.5. O objeto mais pálido que já fotografei aqui do Guará. Não vejo a hora de tentar uma nebulosa ou galáxia daqui para ver o que consigo. Infelizmente, devido ás chuvas, isso pode levar semanas, ou mesmo meses. Eu já tinha publicado a foto de M2. Hoje deixo aqui M30 e M75.

M30 - Essa aglomerado tem magnitude 7.5.

M75, a foto ficou simples, mas esse é o objeto mais pálido que já fotografei da janela do meu apartamento.
O equipamento foi o Orion Premium ED 102mm, a Canon T2i não-modificada e a montagem Cg-5GT