Alto Paraíso - Goiás - 19 de Julho de 2012
Exposição 6x240 segundos ISO 800
Canon T2i modificada - ED 102mm F7 - CG-5GT
Guiagem - Travelscope 70mm - DBK41AU02.AS
Empilhamento Deep Sky Stacker 3.3.3 Beta 45 (+10darks e 10 offsets)
Pós-Processamento - Iris/Photo Shop 4./Bible 5
Guiagem - Travelscope 70mm - DBK41AU02.AS
Empilhamento Deep Sky Stacker 3.3.3 Beta 45 (+10darks e 10 offsets)
Pós-Processamento - Iris/Photo Shop 4./Bible 5
No início da madrugada do primeiro dia do Quinta EBA, após coletar mais de vinte frames da Nebulosa IC 4628, eu decidi que era hora de mudar de objeto a ser registrado. O problema é que eu estava muito cansado, pois tinha acordado às seis e meia da manhã para ir mais cedo ao trabalho e já era uma da madrugada do dia seguinte. Além disso, algumas partes do céu estavam nubladas. Isso acabou me levando para um dos objetos mais manjados, mas também mais Belos da Astrofotografia: A Nebulosa da Trífida.
O que sempre chama a atenção nessa nebulosa é o contraste entre a sua parte avermelhada rodeada por outra azulada, além das nuvens de poeira cruzando seu interior. É realmente uma nebulosa espetacular, que, por ser muito brilhante, pode também ser fotografada em áreas com intensa poluição luminosa. Por isso é um alvo muito fotografada também da varanda do meu apartamento em meus intermináveis testes.
Minha ideia era conseguir pelo menos uma hora e vinte de exposição em Trífida, mas infelizmente, após a captação de seis frames de quatro minutos a momentagem começou a apresentar problemas. A guiagem não estava funcionando, deixando rastros enormes nas estrelas. E eu ainda demorei um pouco para perceber o problema, pois estava conversando com alguns amigos perto de outro telescópio enquanto o meu se embananava todo.
Quando voltei e percebi vários frames com problemas, tentei arrumar, mas as fotos continuavam ruins. Foi então que do nada o telescópio desceu sozinho. A embreagem não estava suficientemente apertada. Quando eu a apertava ela enconstava na montagem e por isso eu não consegui firmeza suficiente. A montagem estava frouxa. Chateado com aquele problema e muito cansado (já eram quase três da manhã), decidi ir dormir, por mais que isso me deixasse triste. Antes de sair o Sandro Rosa me explicou que o problema da minha montagem era facilmente resolvido, mas como eu já estava com meu setup semi desmontado, resolvi deixar para o dia seguinte. (Nos próximos posts falo um pouco sobre esse problema da embreagem)
Apesar de ter conseguido apenas seis frames de M20, o ruído foi bem reduzido devido ao ISO baixo, além disso eu processei essa imagem um pouco mais do que a anterior, a diferença mais visível, no entanto, é que não forcei tanto no vermelho. Para a Nebulosa Camarão, isso era necessário, pois o vermelho mostra mais detalhes da nebulosa. Em trífida o legal é mesmo mostrar o colorido.
Algo de que gostei muito nessa foto foi o foco, que está tão bom que praticamente não há coma na foto. Sim, no EBA eu percebi que o Orion Premium ED de 102mm tem bem menos coma do que eu pensava. Na verdade o coma que aparecia em outras fotos e que normalmente eu tiro com o programa IRIS era fruto de um foco ruim. Essa descoberta significou duas excelentes notícias para mim: primeiro que a ótica do Orion Premium é realmente muito boa e, segundo: que eu posso usar o coma para perceber se o foco está perfeito. Para quem não sabe, coma é quando as estrelas do centro da foto estão redondinhas, mas na borda elas parecem estar correndo para o centro.
Pouco antes do EBA eu pensei até em comprar um field flattener (corretor de Coma), mas olhando essa foto eu percebo que isso não era lá muito necessário.
É uma foto um pouco mais humilde do que a anterior, prejudicada pelos poucos frames, mas ainda assim, que agrada aos olhos
Parabéns pela imagem e pelo relato.
ResponderExcluirBela foto destaca realmente o colorido.
ResponderExcluirMuito boa! O foco está realmente perfeito!
ResponderExcluirAbraços,