domingo, 5 de agosto de 2012

Quinto EBA - Terceiro Dia - Imagens em Tripé Fixo

 Via Láctea - Wide Field
Alto Paraíso - Goiás - 21 de Julho de 2012
Exposição 57x15 segundos ISO6400
Canon T2i modificada - Tripé Fixo
Empilhamento Deep Sky Stacker 3.3.3 Beta 45 (+22 darks e 10 offsets)
Pós-Processamento - Photo Sho 4.0/IRIS

Chegamos ao terceiro dia do Quinto Encontro Brasileiro de Astrofotografia. Depois de uma maratona incrível de seis excelentes imagens no segundo dia, o dia seguinte seria totalmente diferente. Eu queria tirar esse dia para fazer fotos com a DBK 41AU02.AS, mas elas não ficaram boas. Por uma bobeira da minha parte eu fiz pouquíssimos dark frames. Me faltou paciencia para, após 60 light frames com um minuto de exposição, gastar mais uma hora com darkframes, o que resultou numa bola fora. As imagens com a DBK ficaram tão ruins que decidi não publicá-las, pois seria uma injustiça com a câmerazinha que já me deu belas imagens. Se eu tivesse dormido mais durante o dia, talvez a noite tivesse sido mais produtiva.


Mas enquanto eu fazia besteira com o telescópio e a DBK, eu não deixei a Canon T2i modificada parada. Coloquei ela num simples tripé fotográfico (que tenho a mais de quinze anos) e tirei duas interessantes fotos em tripé fixo. Vale repetir: tripé fixo é a astrofoto feita sem acompanhamento, com um tripé de câmera fotográfica comum e não uma montagem equatorial motorizada. A imagem acima mostra que é possível conseguir excelentes imagens feitas com essa técnica. E olha que a lente usada foi a 18-55mm que acompanha a minha câmera fotográfica e é considerada uma das lentes mais simples que existem, praticamente uma quebra-galho.

Para se fazer a imagem acima eu tirei 57 fotos com quinze segundos de exposição em ISO 6400, distância focal em 18mm e o diafragma da lente aberto ao máximo (3.5). Para calibração foram usados 22 Darks frames. Devido principalmente a câmera ser modificada, consegui uma imagem até melhor do que a que fiz ano passado, na chácara da minha família, feita com frames de 3 minutos em ISO 1600 e com acompanhamento motorizado com a câmera sobre a CG-5. Para mim o detalhe mais legal da foto acima é que, bem no meio da imagem é possível ver claramente a patinha da Nebulosa Pata do Gato - NGC 6334, algo que com a câmera não modificada seria improvável, ou no mínimo muito mais difícil.

Abaixo deixo outra imagem feita em tripé fixo, que embora não tão boa como a primeira deste post ainda é uma foto de que me orgulho, nela consegui capturar a nebulosa América do Norte, que está bem no meio da foto. Outras Nebulosas da Constelação do Cisne aparencem na imagem. Com frames de 25 segundos, acho que passei um pouco da conta no tempo de exposição e as estrelas ficaram com rastros, visíveis quando se vê a imagem em tamanho maior, mas isso na chega a estragar o resultado.

Região da Contelação de Cisne - Nebulosa América do Norte - Wide Field
Alto Paraíso - Goiás - 21 de Julho de 2012
Exposição 28x25 segundos ISO6400
Canon T2i modificada - Tripé Fixo
Empilhamento Deep Sky Stacker 3.3.3 Beta 45 (+38 darks e 10 offsets)
Pós-Processamento - Photo Sho 4.0/IRIS

7 comentários:

  1. Excepcional resultado, Rodrigo, parabéns !
    Conrado

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  2. Esse tempo não deixaria rastros nos objetos Rodrigo? Ficaram muito boas me dá uma dica de como fazer os darks e flat. Eles tem que ser feitos a cada sessão de fotos por exemplo? Tem o lance ai de temperatura etc... pelo que eu entendi em algumas leituras, eu até já estou confuso. Não sei se estou falando besteira. Parabéns,obrigado e um abraço.

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    1. Eu mesmo vou responder rsss... encontrei uma boa matéria aqui
      https://sites.google.com/site/astron2008/continua%C3%A7%C3%A3o-3%C2%AAparte acho que se não me achar com toda essa informação disponível "estou morto" kkk... Abraço.

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  3. Olá Rodrigo,

    Primeiramente parabéns pelo seu trabalho e dedicação à astrofotografia. Os seus resultados são realmente muito bons! Fiquei com a mesma dúvida que o Eldio. Sei que os 15s da primeira imagem não seriam suficientes para deixar rastros, mas 57 frames certamente pegariam as estrelas em posições diferentes ao usar um tripé fixo. Como você conseguiu isso? Algum segredo?

    Parabéns mais uma vez e um abraço.

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    1. As imagem são empilhadas por um programa, chamado DEEP SKY Stacker, que coloca elas na mesma posição.

      Eldio, 15 segundos não são o suficiente para as estrelas deixarem rastros, mas repare na foto inferior, eu coloquei 25 segundos e claramente passei da conta.

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    2. Obrigado Rodrigo, fui eu quem te fiz a pergunta acima. Primeiro post no blogspot e eu não tinha configurado um perfil, agora sim.

      Essa programa é uma mão na roda mesmo. No final de agosto estarei em Alto Paraíso, vou fazer uns testes! Abraço.

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Eu tenho me esforçado para responder todos os comentários, mas posso demorar um pouco, ou mesmo esquecer algum. Por isso, peço paciência e não fiquem constrangidos de me darem um toque, caso eu esteja demorando demais.