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Esse fim de semana tivemos a chamada super Lua. Não é um termo para ser levado tão a sério. Nem chega perto de ser algo como um eclipse. Mas não deixa de ser um acontecimento interessante. Isso acontece por que ela fica cheia bem no momento em que está mais perto da Terra. Durante o evento, a Lua está 15 por cento maior do que em seu tamanho mínimo e brilha 30 por cento a mais.
Eu montei o equipamento antes das seis da tarde, queria pegar a Lua cedo e, quem sabe, fotografar ela nascendo atrás da linha do horizonte. Teria sido muito bonito, mas para minha decepção, a Lua apareceu atrás das nuvens já numa altura que não daria para colocar ela e a cidade no mesmo campo de visão do ED de 102mm.
Depois disso ainda fiquei na esperança de que um avião passasse entre a Lua e o meu telescópio. Eu já vi muitas fotos da Lua com aviões passando na frente dela, mas sonho em tirar uma assim também. Como o aeroporto estava bem na direção do horizonte onde a lua ia nascer, eu tinha grandes expectativas de que um avião aparecesse em alguma imagem. Mas hoje é sábado e pude comprovar que o trânsito de aviões do aeroporto de Brasília é muito fraco nesse dia. Logo a Lua ficou alta no céu, numa altura em que eu sabia que nenhum avião ia passar na frente.
Bem o negócio agora era tentar uma foto realmente boa da Lua. Pelo menos eu nunca tinha fotografado a Lua cheia. Seria uma imagem inédita e um desafio interessante. A Lua cheia tem uma complicacão para se fotografar. Não há áreas de grande contraste como quando é possível ver o terminator (região de transição entre a parte iluminada pelo sol e a parte escura), por isso é muito importante se conseguir uma imagem muito nitida, onde se possa fazer ajustes no contraste depois.
Eu comecei com algumas tentativas de disparo único. Para esse tipo de foto deve se colocar o ISO no mínimo possível, pois quanto menos ISO, menos ruído e mais contraste a imagem terá. Felizmente para uma Lua como a de hoje não foi necessário aumentar demais o tempo de exposição para se conseguir compensar o baixo ISO. Afinal, a Lua estava brilhando tanto que mais um pouco eu colocava o Coronado PST para ver ela (piadinha besta!!!)
Eu tirei algumas fotos com ISO 200 e tempo de exposição em 1/200 segundos. Gostei do resultado que vi (é a imagem do final do post), mas senti que podia fazer mais. Foi daí que resolvi usar o sempre Excelente EOS Movie Recorder. Resolvi fazer alguns filmes de pedaços isolados da Lua atraves do recurso de Zoom5x que esse programa possui. Depois empilhei os filmes no Registax para gerar frames únicos (preferi o 5, pois o Registax 6 não estava conseguindo alinhar os frames). Os filmes ficaram com apenas 500 frames, pois a captura estava lenta, mas felizmente o seeing estava muito bom, o que é uma raridade aqui do meu apartamento, e deu para empilhar praticamente todos os frames. O passo seguinte foi juntar as imagens parciais no Fitswork e depois aumentar o contraste no PhotoShop CS4.
O resultado da imagem feita com filmes do EOS Movie Recorder (a imagem do começo do post), ficou muito interessante. O Registax levou um tempão para empilhar o Fitswork é muito manhoso, mas acho que no fim, o esforço valeu muito a pena!
Equipamentos utilizados:
Equipamentos utilizados:
Telescópio Orion Premium ED 102mm F7
Câmera Canon T2i
Montagem Celestron CG-5GT
Netbook 12 polegadas
Imagem feita com frame único, captado em RAW e processado no Bibble 5. |
E em agosto veremos a lua azul
ResponderExcluirbelas imagens