Eu e o Fabrício Siqueira ( a esquerda) na varanda do apartamento. (eu preciso começar a usar umas roupas melhores quando receber visita, rsss) |
Hoje foi um dia muito especial aqui em casa. Recebi a visita de Fabrício Siqueira, um dos mais respeitados astrofotógrafos brasileiros da atualidade, famoso por fazer milagres com um equipamento simples, fera em processamento e um dos participantes mais ativos e solícitos das comunidades de Astronomia na internet sempre disposto a socorrer os iniciantes.
O Fabrício trouxe o tubo ótico de seu telescópio, chamado de OTA. É um refletor de seis polegadas e 750mm de distância focal fabricado pela Sky-Watcher. Ele queria testar o desempenho do telescópio na CG-5GT e no céu do Águas Claras. Infelizmente as nuvens não ajudaram muito enquanto ele esteve aqui, mas deu pra fazer algumas coisas interessantes.
Começamos a noite com uma observação de Saturno. O Fabrício também queria ver se o refletor não havia descolimado após vir no bagageiro de um ônibus do Rio de Janeiro até Brasilia. Logo de cara uma imagem muito nítida de Saturno, por sinal superior a que vejo com meu ED de 102mm, mostrou que o telescópio havia escapado ileso da grande viagem. Tentamos até ensaiar uma foto do planeta com a minha DMK21, mas não demorou para o céu ficar coberto de nuvens. Não tivemos tempo para uma boa captura de Saturno.
Enquanto as nuvens cobriam várias áreas do céu, nós aproveitamos para alinhar o telescópio nas brechas que encontrávamos entre as nuvens. Em pouco mais de uma hora o céu voltou a limpar e arriscamos uma foto de M4, aglomerado globular disperso próximo a Antares, em Escorpião. Confesso que nessa hora me desagradou um pouco o coma apresentado pelo Skywatcher. O próprio Fabrício comentou que um redutor de coma seria um acessório fantástico para o seu telescópio. Vale apontar que refletores de distância focal curta sempre apresentam grandes comas e um corretor é realmente um acessório básico para este tipo de telescópio.
O Fabrício me deu algumas dicas. Disse que eu só vou conseguir vencer a poluição luminosa com longos tempos de exposição, que isso seria necessário para que o PhotoShop pudesse alterar a curva da imagem sem criar ruídos. Depois que ele foi embora eu resolvi aplicar isso e considerei o teste bem sucedido (ainda estou trabalhando nessa foto).
Abaixo você vê M4, a única e simples foto que tiramos antes que o Fabrício fosse embora lá pelas uma da madrugada. Confesso que não trabalhei de forma devida no processamento dessa imagem. Mesmo assim, para uma foto urbana ficou bem interessante.
M4 em 30 frames de 30 segundos de exposição em ISO 1600. Fotagrafada com a minha Canon T2i modificada. O telescópio foi o Sky-Watcher 150mmF5 do Fabrício Siqueira |
refletor tem ester poblemas. Ha rodrigo comprei um meade de 150mm de R$ 1.500 que economisei durante 5 anos ele ele demais motogem EQ-5 lentes ploss de 4mm e 25mm barlow x3
ResponderExcluirQue beleza Geovane, depois se puder poste umas fotos com ele!
ResponderExcluirNa verdade, vc conseguirá vencer a poluição luminosa se vc tiver o maior tempo de exposição TOTAL, ou seja, maior tempo com a soma de todos os frames. Nos frames individuais talvez vc ficará no máximo entre os 90s ou possívelmente até uns 2 minutos, dependendo do ISO utilizado. Isso pq em céus com PL (mesmo mediana) podem fazer com q seus frames saturem de luz , ficando extremamente claros com muito tempo de exposição INDIVIDUAL. Mas o limite vc terá q testar na prática e o tempo máximo q vc vai utilizar por frame será de acordo com a claridade da imagem. A imagem não poderá "tender ao branco"
ResponderExcluirPois isto significa que estourou a imagem
Uma outra coisa,
para obter o melhor aproveitamento do sinal vc terá q realizar aquele tratamento contra os gradientes de fundo (gerados pela PL) através do Photoshop. Tém lá no meu album de processamento.
Mas por hora, aquela M8 (lagoa) é realmente a sua melhor imagem urbana até o momento! Show de bola! :D
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