Meus planos futuros em astrofotografia

A Canon 50mm F1.8 que estreará na chácara (se as núvens, sejam de vapor ou fumaça deixarem)

O Quinta EBA já foi. Todas as fotos que tirei foram publicadas. Mas o que aprendi no evento fica para sempre. Um evento como esse às vezes acaba valendo mais pelos conversas, pelo aprendizado do que pelas imagens conseguidas propriamente ditas.

Eu tenho que dizer que está edição do EBA me fez pensar muito sobre qual caminho seguir na Astrofotografia, e na fotografia propriamente dita. E devo dizer, houve mudanças sobre o caminho que quero seguir.

Talvez a decisão mais importante que tomei, é que vi que é besteira querer "competir" em termos de resolução dos objetos. A resolução de detalhes das nebulosas e galáxias se consegue com telescópios de maior abertura, com câmeras monocromáticas de alta sensibilidade e vai avançando conforme o preço dos equipamentos e também o tamanho do telescópio aumentam. A capacidade do astrofotógrafo nesse nível acaba sendo muito definida pela sua capacidade financeira, algo que meu salário de funcionário público, com uma filha em casa e o plano de mais um pimpolho, enquanto gasto 40 por cento da minha renda líquida em prestação do apartamento, não é capaz de manter.

Eu não tenho pretensões de comprar um telescópio maior, e mesmo uma montagem mais robusta, como uma EQ-6 não é um plano que tenho a curto prazo. Ao contrário, meus projetos seguem para um caminho que busca a melhor qualidade possível das minhas imagens, mas com campos maiores, o que significa distância focal menor, menores telescópios, menos trabalho para alinhar, entre outras coisas.

Também buscarei um setup mais portátil. Como foi conversado com alguns amigos no EBA, a evolução em astrofotografia vai tornando as coisas tão complexas, que a coisa pode acabar não ficando tão divertida. Um setup com auto-guiagem, com uma câmera monocromática e roda de filtros, num local com alta umidade é algo extramemente complexo de se lidar. Você vai acabar gastando uma ou até duas noites com um único objeto e isso pode ser sim, bem entediante. Uma DSLR ou um pequeno telescópio, sobre uma CG-5GT bem alinhada, pode ser algo bem mais divertido. Fotos em câmera fixa também são bem legais de tirar e composições com a paisagem podem resultar em fotos fabulosas.

Esse é o caminho que quero seguir. Em 2013, quem segue este blog poderá notar algumas diferenças. Se hoje sou 50 por cento astrônomo e 50 por cento fotógrafo. Em 2013 quero ser pelo menos 70 por cento fotógrafo. Devo abandonar o projeto de tirar fotos em cores mapeadas ou de uma câmera CCD e também devo me desfazer de meu fabuloso setup de fotografia solar, e me concentrar mesmo em DSLRs e céu profundo. Estarei admitindo totalmente meu trabalho como uma forma de arte e não um trabalho científico. Também quero fotografar mais a natureza e paisagens e sua relação com o céu. Uma Canon 5D está na minha alça de mira para uma viagem que vou fazer para os Estados Unidos no começo de 2013. De imediato, estou ansioso para testar uma lente 50mm F1.8 adquirida recentemente. Nas próximas semanas devo ir para a chácara dos meus pais e espero tirar boas fotos em Wide Field e composições.

Enquanto isso, aguarde pela oferta de alguns equipamentos bem interessantes nos próximos dias e por um preço justo. Serão vendidos vários filtros, o Coronado PST e inclusive a DMK21. Já A DBK41 será mantida para autoguiagem, bem como a CG-5GT continuará fazendo parte do meu Setup. Com isso espero conseguir financiar a compra da Canon 5D. Eu não terei prejuízos com as vendas, já que a maioria dessas coisas foi trazida do exterior e ainda poderei vender por um preço bem competitivo em relação ao mercado brasileiro.