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Imagem da Galáxia de Andrômeda Captada por uma lente de 200mm. Foram 40 frames de 2 minutos. Essa imagem é um recorte do campo da lente, que é bem maior. |
A Galáxia de Andrômeda, ou M31, é a rainha do nosso grupo local de galáxias, constituido por ela, pela nossa Galáxia, pela Galáxia do Triângulo (M33) e por galáxias menores, como as nuvens de megalhães, que são satélites a nossa galáxia, além de M32 e M110, satélites de Andrômeda, entre outras.
Andrômeda está a cerca de 2,5 milhões de anos luz da Via Láctea, mas tem um diâmetro estimado de mais de 200 mil anos luz, o dobro de nossa Galáxia, por isso é facilmente visível a olho nu de locais sem poluição luminosa, sendo considerado o objeto mais distante que podemo ver sem a ajuda de instrumentos.
A Galáxia foi considerada por muitos séculos como sendo uma nebulosa,.Estudos até indicavam que estava mais distante de nós do que outras nebulosas conhecidas, mas foi a análise das variáveis cefeidas que permitiu estimar a real distância de Andrômeda, o que também permtiu estimar que seu tamanho era superior ao da própria Via-láctea, revelando que o universo era muito maior do que se imaginava e que nossa galáxia não era a única no universo. O estudo das variáveis cefeidas como instrumento de calculo de distâncias celestes foi iniciado por Henrietta Leavitt, e Edwin Hubble foi quem utilizou a técnica para descobrir a distância de Andrômeda em relação a Terra.
A Galáxia foi considerada por muitos séculos como sendo uma nebulosa,.Estudos até indicavam que estava mais distante de nós do que outras nebulosas conhecidas, mas foi a análise das variáveis cefeidas que permitiu estimar a real distância de Andrômeda, o que também permtiu estimar que seu tamanho era superior ao da própria Via-láctea, revelando que o universo era muito maior do que se imaginava e que nossa galáxia não era a única no universo. O estudo das variáveis cefeidas como instrumento de calculo de distâncias celestes foi iniciado por Henrietta Leavitt, e Edwin Hubble foi quem utilizou a técnica para descobrir a distância de Andrômeda em relação a Terra.
Andrômeda esta se aproximando de nós. Na verdade a interação gravitacional fará que que, daqui a milhões de anos, Andrômeda, Via Láctea, Triângulo e as galáxias satélites tornem-se uma só, enquanto o resto do universo está se afastando de nós.
A observação de M31 não é difícil, principalmente se você está num local afastado de luzes urbanas. É possível encontrar a galáxia ao norte, nos meses de julho a dezembro. Com um binóculo, o núcleo aparece mais brilhante, mas não mostra muitos detalhes, com um pequeno telescópio, acima de 80mm já é possível ver suas galaxias satélites. Telescópios de 200mm ou mais são recomendados para a observação de detalhes na galáxia, isso num céu realmente sem interferências luminosas.
Uma boa fotografia de Andrômeda é um dos maiores desejos de todo astrofotógrafo e todo iniciante aponta seu telescópio para ela. Mas sem o equipamento adequado, com uma montagem capaz de frames de pelo menos três ou cinco minutos sem rastros, opticas livre de coma e aberrações, uma câmera de qualidade e com campo suficiente, além de um céu sem poluição luminosa, os primeiros registros podem ser muito frustrantes.
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Frame único e sem tratamento da imagem anterior num céu completamente livre de poluição luminosa. |
Fotografar Andrômeda é muito fácil, mas obter uma fotografia realmente boa é um tarefa bem mais complicada do que se conseguir uma boa foto de uma nebulosa brilhante. O céu tem que realmente estar escuro, pois filtros de banda estreita não captam os campos estelares da galáxia e mesmo em céus escuros, os primeiros frames que aparecem nas captações podem decepcionar um iniciante na galáxia. Mas é preciso entender que é isso mesmo. Para que o objeto fique como estamos acostumados a ver nas melhores imagens é necessário um intenso e cuidadoso processamento. Não é como fotografar a nebulosa da Lagoa, que já aparece linda no primeiro frame bem fotografado.
Uma das maiores dificuldades no processamento esta por causa do núcleo brilhante de M31. Ele não é tão brilhante a ponto de exigir frames com tempos diferentes de exposição, como acontece com a Nebulosa de Orion, mas na hora de processar o resultado final do empilhamento no Adobe Photoshop ou outro programa, é preciso se tomar muito cuidado para que o núcleo não estoure ao se aumentar o contraste, e, acredite, você vai ter que aumentar muito o contraste da galáxia para realçar os detalhes e diferenciar os braços constituídos de campos estelares bastante pálidos para nós. Outra dificuldade também é realçar o contraste e manter as estrelas que aparecem no campo com suas cores originais (ou algo que lembre isso), por isso o recomendado é processar M31 por partes, separando o núcleo e as estrelas do resto da galáxia enquanto aumenta-se o constraste.
É possível se conseguir boas fotos mesmo com DSLRs sem modificação. A modificação torna as maiores nebulosas de emissão da galáxia visíveis, mas somente uma composição acrescentada de captações feitas com um bom filtro h-alpha mostrará as maiores nebulosas de Andrômeda em seu esplendor. As fotos que incluem captações em h-alpha costumam estar entre as melhores que se vê deste objeto.
Com um telescópio de 700mm de distância focal e uma câmera DSLR de entrada, com sensor APS-C (Canon T4i, T5i, 60D e outras) a Galáxia de Andrômeda ocupará todo o campo do sensor, e você ainda terá que deixá-la numa orientação diagona para não perder nenhum pedaço. Com distâncias focais maiores, ou sensores menores, terá que aceitar que Andrômeda não aparecerá inteira num único registro.
É um objeto muito interessante para a fotografia com lentes, principalmente com distâncias focais de 135mm até 300mm. Abaixo disso a imagem passa a apresentar poucos detalhes e acima disso um telescópio apresentará melhor custo benefício.
Recomenda-se pelo menos 3 minutos de exposição para telescópios mais rápidos e no mínimo 5 minutos para distâncias focais mais elevadas em relação a abertura. Quanto mais frames, melhor. Por causa do brilho no núcleo, tempos de exposição muito elevados não são recomendados, exceto para a captação das nebulosas com um filtro em h-alpha.
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Aqui foi processado um crop da imagem feita com telescópio para destacar nebulosas escuras próximas ao núcleo. |
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Com um telescópio pequeno é possível também captar algumas nebulosas escuras na galáxia satélite M110. |